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Liderada por dona Ivone, caravana da família de Tite estará no jogo da seleção

Liderada por dona Ivone, caravana da família de Tite estará no jogo da seleção Liderada por dona Ivone, caravana da família de Tite estará no jogo da seleção Liderada por dona Ivone, caravana da família de Tite estará no jogo da seleção Liderada por dona Ivone, caravana da família de Tite estará no jogo da seleção

Porto Alegre – Uma grande caravana deixará Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, em direção a Porto Alegre para ver o jogo desta quinta-feira entre Brasil e Equador, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Serão duas vans e um micro-ônibus que levarão, mais do que torcedores da seleção, pessoas que torcem por Tite. E entre amigos do treinador gaúcho e familiares, uma torcedora será especial: dona Ivone Bachi, mãe do técnico.

Aos 81 anos, ela estará na Arena Grêmio torcendo – e rezando – pelo filho, com já fizera em outras oportunidades. Nesta terça-feira, dona Ivone recebeu o Estado na pacata Ana Rech, bairro de Caxias do Sul, e se mostrou ansiosa para o jogo. “É a coisa mais linda. Nunca a gente pensou que isso fosse acontecer. Só podemos agradecer a Deus por ele (Tite) e pelo trabalho que ele faz na seleção”, comentou, sobre a partida desta quinta-feira.

Nem sempre, contudo, foi assim. No início, a preocupação com o resultado do jogo do time do “Ade” – como a família se refere a Tite – a deixava nervosa e ela evitava a todo custo assistir aos jogos. “Não queria e não queria. Colocava o radinho embaixo do travesseiro e só queria saber do resultado. Pela TV, não acompanhava. Depois eu comecei, aos poucos, a ver os jogos”, recordou. “Ficava nervosa, chorava, via a cara dele…”

Apesar do nervosismo, a vocação do filho para o futebol foi reconhecida por dona Ivone desde cedo – assim como a insistência de Tite em seguir carreira. “Ele sempre dizia o que ele queria. Eu dizia ‘Ade, tu estudou, tá estudando, deixa disso’. Ele dizia ‘não, mãe, é o que eu quero’. Sempre dizia isso. E a gente aceitou o que ele queria”.

O irmão de Tite, Ademir Bachi, conhecido como Miro, diz que o gosto pelo esporte teve um grande incentivador: o pai, Tenor. “Desde criança, a gente sempre adorou futebol. Tivemos uma semente forte, que foi meu pai, que jogava também. Então a gente jogava fim de semana na colônia, em São Brás, e durante a semana na escola”, lembrou. “A grande semente quem plantou foi o meu pai, que sempre incentivou. O esporte traz valores muito fortes, seguindo ou não o profissionalismo”, disse.

Miro é quem está ajudando a organizar a caravana de Ana Rech para o jogo em Porto Alegre. “A gente mobilizou bastante gente. Meu irmão (Tite) chegou e disse para minha mãe para ela convidar quem ela quisesse e ela convidou todos os irmãos”, explicou. “Vamos em três turmas, uma da minha família – minha mulher, minha irmã e a família dela -, outra van com meus tios (são 16 pessoas, incluindo os cônjuges) e outra é a turma dos amigos da família”.

A expectativa entre eles é grande. “É maravilhoso. Tem vários jogos pela frente, mas este aqui é muito importante. A gente fica muito nervoso, mas temos muita confiança”, declarou Miro. “Respeitamos o futebol, mas a qualidade dos jogadores e o clima que se tem feito passam muita confiança”.

Dona Ivone está radiante – e, como de costume, emocionada. Nesta terça-feira, ao receber o Estado, ela deixou uma mensagem para o filho. “Ade, querido, tu vais ter uma vitória muito grande. Vai deixar o mundo inteiro feliz, como já deixou e continua deixando”, afirmou. Mães costumam ter razão.