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Liga Espanhola entra na Justiça contra Federação para tentar impedir paralisação

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Madri – O surpreendente anúncio da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que prometeu interromper todos os campeonatos do país a partir do dia 16, pegou a Liga Nacional de Futebol Profissional (LFP) de surpresa. Um dia depois, a entidade que organiza o Campeonato Espanhol decidiu se manifestar sobre o assunto e revelou que entrou na Justiça contra a federação para impedir a paralisação.

Em comunicado, a LFP garantiu que “a decisão adotada pela Real Federação Espanhola de Futebol é juridicamente nula” e que vai “tomar as ações legais correspondentes em defesa dos legítimos interesses dos clubes”. “É nosso o poder para organizar as competições profissionais e aprovar o calendário esportivo.”

A promessa de paralisação da RFEF se deu por conta de divergências com o governo espanhol. A federação há algum tempo reclama das intromissões de governantes e a gota d’água foi o novo decreto real que ordena a venda centralizada dos direitos de televisão dos campeonatos do país, com o objetivo de distribuir de maneira mais uniforme a verba proveniente desta negociação.

A decisão revoltou a LFP, que conta com os 42 clubes que compõem a primeira e a segunda divisão do país. Isso porque ela é a responsável pela organização do Campeonato Espanhol, que, com a paralisação, seria interrompido a duas rodadas para o fim, justamente quando Real Madrid e Barcelona decidirão quem será o campeão nacional de 2014/2015.

O presidente da RFEF desde 1988, Angel Maria Villar, vive em constante atrito com Miguel Cardenal, o presidente do conselho esportivo do governo espanhol, e com o presidente da LFP, Javier Tebas. Já houve entreveros por conta das medidas adotadas para coibir a violência nos estádios, a auditoria das finanças da federação e o financiamento público dos esportes.

Tebas não poupou críticas ao desafeto e à promessa de paralisação. “É um ato insano, audacioso e irresponsável da instituição de Angel Maria Villar, que não sabe qual caminho o futebol amador ou profissional deveria tomar”, declarou. “É um desafio para a liga e isto apenas corresponde a um desejo pessoal.”