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Liverpool admite restrições da torcida, mas tocará hino para celebrar coroação do Rei Charles

Liverpool admite restrições da torcida, mas tocará hino para celebrar coroação do Rei Charles Liverpool admite restrições da torcida, mas tocará hino para celebrar coroação do Rei Charles Liverpool admite restrições da torcida, mas tocará hino para celebrar coroação do Rei Charles Liverpool admite restrições da torcida, mas tocará hino para celebrar coroação do Rei Charles

A direção do Liverpool prometeu nesta sexta-feira que vai tocar o hino “God Save the King” antes do início da partida contra o Brentford, no sábado, pelo Campeonato Inglês. O jogo será disputado poucas horas depois da coroação do Rei Charles. Historicamente, torcedores e moradores da cidade de Liverpool têm fortes restrições contra a monarquia.

O próprio clube admitiu, em comunicado, que parte da torcida não vai aprovar a ideia. “Sabemos que alguns torcedores têm opiniões fortes sobre o assunto”, registrou a direção do clube no site oficial. De acordo com o comunicado, jogadores dos dois times e árbitros serão chamados ao centro do gramado do Anfield para acompanhar o hino, numa celebração da coroação do novo rei. “Será, claro, uma escolha pessoal de como cada um vai marcar, no Anfield, esta ocasião.”

O clube disse ainda que a proposta de tocar a música em referência ao rei, considerada o hino informal da Inglaterra, foi uma recomendação da direção da Premier League, a liga que organiza o Campeonato Inglês. “Há uma semana, a Premier League entrou em contato com todos os clubes que vão receber os jogos e sugeriu fortemente que marcássemos essa ocasião histórica neste fim de semana.”

Torcedores do Liverpool vaiaram o hino antes da final da Copa da Inglaterra, no ano passado, e também em julho de 2022 antes da Supercopa da Inglaterra. A prática não é nova e se tornou comum principalmente durante os anos 80, como um protesto contra o establishment inglês.

Historicamente, os moradores da cidade de Liverpool tem opiniões contrárias à monarquia e também ao governo inglês da década de 80, liderado pela então primeira-ministra Margaret Thatcher. Referência da política liberal daquela época, ela tinha como plataforma acabar com os sindicatos, entidades fortes em Liverpool, e reduzir benefícios do governo ao setor industrial, que também predominava na cidade.

Houve ainda episódios históricos, envolvendo até o ex-secretário do interior e ex-primeiro-ministro Winston Churchill, que afastaram Liverpool de Londres e criaram rivalidades entre as duas cidades e seus times de futebol.