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Mané Garrincha recebe poucos políticos na estreia do Brasil na Olimpíada do Rio

Mané Garrincha recebe poucos políticos na estreia do Brasil na Olimpíada do Rio Mané Garrincha recebe poucos políticos na estreia do Brasil na Olimpíada do Rio Mané Garrincha recebe poucos políticos na estreia do Brasil na Olimpíada do Rio Mané Garrincha recebe poucos políticos na estreia do Brasil na Olimpíada do Rio

Brasília

Palco da famosa vaia à presidente afastada Dilma Rousseff na abertura da Copa das Confederações, em 2013, o estádio Mané Garrincha, em Brasília, teve presença tímida de políticos na estreia da seleção brasileira masculina de futebol na Olimpíada do Rio – empate sem gols com a África do Sul.

Também não houve grandes manifestações contra políticos. O máximo registrado foram tentativas esparsas de pequenos grupos de puxar o “Fora Temer”, que não prosperam como os xingamentos direcionados à Dilma na abertura da Copa do Mundo de 2014, no estádio Itaquerão, em São Paulo.

A estrela da área VIP foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que acompanhou o jogo com a mulher, Verônica Calheiros. Eles assistiram ao jogo na tribuna de honra ao lado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). “Ficamos com uma expectativa muito grande quando o Brasil ficou com um jogador a mais, mas não se concretizou. Espero que no domingo seja melhor. Hoje (quinta-feira) o resultado foi realmente decepcionante”, disse o governador ao deixar o estádio.

Da Câmara, na tribuna de honra só estava o deputado federal Ronaldo Fonseca de Souza (PROS-DF). O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não compareceu ao jogo, assim como nenhum ministro do governo Temer.

DECEPÇÃO – Os torcedores saíram do estádio Mané Garrincha decepcionados com a dependência da seleção olímpica do atacante Neymar e do desempenho do capitão na estreia do Brasil no futebol masculino dos Jogos do Rio-2016. “Foi frustrante porque o nosso melhor jogador não jogou tão bem e os demais foram apenas coadjuvantes”, disse o analista de sistemas Eduardo Florinda na saída da partida desta quinta-feira.

“Os jogadores acham que toda bola tem que tocar para o Neymar, assim não dá”, reclamou o servidor público Laerte Gomes. O Brasil teve 63% da posse de bola e deu 21 chutes a gol, contra nove arremates dos adversários.

A torcedora sul-africana Julie Stella foi uma das que gostaram do resultado. “Foi muito duro, mas fiquei feliz pelo empate”, disse ela, que visita o País pela primeira vez. Ela elogiou a organização da Olimpíada em Brasília, mas muitos discordaram.

O advogado Estevão Carvalho Lopes disse que a acessibilidade deixou a desejar. “Se tivesse vindo sozinho, não teria como chegar no meu lugar. O cadeirante não tem condições de vir sozinho”, afirmou ele que também é atleta.

CONFUSÃO – A organização da Olimpíada vendeu ingressos para o setor reservado à imprensa no estádio Mané Garrincha e causou uma pequena confusão durante a estreia da seleção masculina de futebol na Olimpíada. Uma centena de torcedores adquiriu ingressos para um setor da arquibancada que foi reservado para os jornalistas e foi impedida de entrar. A entrada no local só é permitida com a credencial de imprensa. Os voluntários reuniram essas pessoas para direcioná-las, em grupos, a outros lugares.

“Quero então um crachá de imprensa para poder acompanhar o jogo”, disse o servidor público Alexandre Rodrigues ao ser impedido de entrar no centro de mídia. “Esse inconveniente será facilmente resolvido se me derem um lugar na tribuna de honra”, brincou o empresário Marcos Cardos, acompanhado da filha.

Para o biomédico Anderson Colatto, a Olimpíada está mais “desorganizada” que a Copa do Mundo. “Na Copa, a todo momento, pediam para ver o ingresso. Aqui entrei e até agora ninguém me pediu o ingresso”, afirmou.