Salvador –
O técnico Rogério Micale considera a partida deste sábado contra a Colômbia o segundo mata-mata da seleção olímpica nos Jogos do Rio. O primeiro, diz ele, ocorreu na quarta-feira em Salvador e a equipe se saiu muito bem: goleou por 4 a 0 a Dinamarca e garantiu vaga nas quartas de final como líder do Grupo A – os dinamarqueses ficaram em segundo lugar.
“Pela nossa situação, começamos o clima de mata-mata antes. Foi nesse jogo”, disse Micale depois da vitória sobre a seleção europeia. O treinador se referia à possibilidade de o Brasil ter sido eliminado, pois chegou à última rodada correndo risco de ficar fora se perdesse ou até mesmo com um empate. Mas o time soube superar a pressão de ter de buscar o resultado.
Ele admitiu que à medida que a competição vai se afunilando, a pressão aumenta. No entanto, não vê isso como problema. “A pressão é maior, não pode cometer erros, mas como nossa seleção tem essa situação de ganhar o tempo todo, estamos mais acostumados com essa pressão.”
O fato de o jogo no Itaquerão ser eliminatório também pode ser favorável ao Brasil, pois os colombianos também terão de ser ousados e isso pode abrir espaços. “A Colômbia vai ter de vir para o jogo também. O empate não é interessante para ninguém.”
Rogério Micale disse conhecer bem o time adversário e, principalmente, o seu técnico, Carlos Restrepo. “É uma boa equipe. Conheço muito bem o treinador deles, a gente conversa muito, fizemos curso no Chile juntos, trocamos experiências”, revelou. “Vai ser um jogo difícil, contra equipe forte. Agora vamos pegar uma equipe mais forte, mais maturada, mas temos a expectativa de fazer um bom jogo.”
A seleção chega a São Paulo no início da noite desta quinta-feira. Vai se hospedar em um hotel de Guarulhos e na tarde de sexta-feira treinará no CT do Corinthians.
O técnico Tite deve ser presença constante durante a estadia da seleção em São Paulo – ele foi a Salvador, chegou na véspera do jogo com a Dinamarca e assistiu à partida ao lado do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
Micale voltou a dizer que a participação do treinador da seleção principal é bem-vinda. “A presença do professor Tite é sempre importante, principalmente no relacionamento que tenho com ele hoje, a experiência que ele tem de vida, de vivenciar o futebol. Sempre conversamos, falamos de futebol, coisas que acontecem, momentos bons e ruins.”
Se Tite puder ir ao treino e também à concentração, certamente conversará com Micale sobre o time e o sistema de jogo. “Esse suporte da equipe profissional é importante. Não tenho nenhum problema com isso.”