Esportes

Ministério do Esporte nega relação com empresa acusada de fraudar convênios

Ministério do Esporte nega relação com empresa acusada de fraudar convênios Ministério do Esporte nega relação com empresa acusada de fraudar convênios Ministério do Esporte nega relação com empresa acusada de fraudar convênios Ministério do Esporte nega relação com empresa acusada de fraudar convênios

Brasília – O Ministério do Esporte afirmou, nesta segunda-feira, que “não tem qualquer relação com a empresa SB Marketing”, centro das investigações da Polícia Federal sobre uma suposta fraude em convênios firmados entre a pasta e pelo menos cinco confederações esportivas brasileiras. Essas fraudes, denunciadas no domingo pelo Fantástico, da Rede Globo, podem envolver até R$ 22 milhões.

Os desvios teriam ocorrido na compra de materiais e equipamentos. São investigados pelo menos 14 convênios feitos com o Ministério do Esporte desde 2011. A pasta, porém, diz que não tem relação “com os processos licitatórios conduzidos sob responsabilidade das entidades esportivas conveniadas”.

De acordo com o Fantástico, as entidades e uma quadrilha formada por diversas empresas são investigadas sob suspeita de fraude em licitação, superfaturamento e falsidade ideológica. As confederações que estão na mira são as de Esgrima, Tiro com Arco, Tae Kwon Do e Tiro Esportivo e associações como a Brasileira de Voleibol Paralímpico. Clubes que patrocinam esportes olímpicos também são alvo.

No nota, o Ministério do Esporte disse que “os convênios citados pela reportagem estão passando por análise” e que, “se comprovadas irregularidades, serão tomadas as medidas cabíveis”. Ainda de acordo com a pasta ela colabora com as investigações da Polícia Federal e já identificou irregularidades em convênio da CBTKD.

Todos os convênios suspeitos foram assinados durante a gestão do PCdoB à frente do Esporte. Leonardo Picciani, apontado por Michel Temer para comandar a pasta, alega que desde que assumiu o ministério, em 12 de maio, “orientou a equipe a fazer um pente fino em todos os contratos do Ministério”. Ele foi criticado por suspender um edital que destinaria R$ 150 milhões para seleção de novos projetos.

As fraudes teriam acontecido na compra de materiais e equipamentos como tatames, coletes para luta, computadores para análise de desempenho e filmadoras, entre outros. Em uma das compras, uma empresa de Saquarema (RJ) recebeu R$ 3 milhões pela compra de filmadoras, computadores e outros produtos de informática e entregou itens de menor valor. O inquérito está sob a responsabilidade da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), no Rio de Janeiro.