Esportes

Modalidades coletivas podem impulsionar delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio

Neste final de semana, o COB pode garantir 30 atletas a mais caso as seleções masculina de futebol e a feminina de basquete tenham sucesso na disputa de seus Pré-Olímpicos

Modalidades coletivas podem impulsionar delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio Modalidades coletivas podem impulsionar delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio Modalidades coletivas podem impulsionar delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio Modalidades coletivas podem impulsionar delegação do Brasil nos Jogos de Tóquio
Foto: Reprodução

As vagas para os Jogos de Tóquio-2020 ainda estão em disputa e algumas modalidades coletivas do Brasil terão uma última chance de carimbar o passaporte. Caso elas tenham sucesso, a delegação nacional será impulsionada por essas conquistas e poderá se aproximar de ter uma equipe recorde para uma Olimpíada disputada fora do País.

Neste final de semana, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) pode garantir 30 atletas a mais caso as seleções masculina de futebol e a feminina de basquete tenham sucesso na disputa de seus Pré-Olímpicos. No quadrangular final na Colômbia, a equipe de futebol comandada pelo técnico André Jardine empatou contra os donos da casa e agora enfrenta o Uruguai nesta quinta-feira precisando da vitória para tentar encaminhar a vaga na rodada final contra a Argentina.

A equipe feminina de basquete, por sua vez, vai jogar em Bourges, na França, e nesta quinta-feira estreia contra Porto Rico. Se ganhar, dará um passo importante para a vaga, pois três seleções, de quatro no grupo, carimbam o seu passaporte. “Nossa expectativa é conseguir ir bem e colocar em prática o que treinamos. Queremos fazer bons jogos e conquistar a vaga. Todos vêm fortes, mas trabalhamos bastante para obter a classificação. O time vem numa crescente e o objetivo é ir para a Olimpíada”, avisou a ala Rapha Monteiro.

Outra modalidade que ganhou uma sobrevida foi o handebol com sua seleção masculina. A equipe derrapou no Pan, em Lima, e teve de torcer por uma combinação de resultados para ir ao Pré-Olímpico. Conseguiu e agora espera retomar o caminho das vitórias e boas atuações contra potências mundiais. “A expectativa é boa. Acredito que a gente deu sorte de nos três grupos do Pré-Olímpico, dois têm três países europeus e o nosso só tem um. Então nossa chance é boa”, explica Thiagus Petrus, lateral da seleção.

Nessa repescagem, em abril, o Brasil vai encarar o Chile, algoz da equipe na semifinal do Pan, a Coreia do Sul e a favorita Noruega. Duas seleções vão a Tóquio. “Agora no Sul-Centro Americano ganhamos do Chile, mas no Pré-Olímpico a história é totalmente diferente. E tem a Coreia do Sul, que foi vice no Asiático. É um time rápido e bem pequeno. Acho que podemos conseguir bons resultados e contra a Noruega temos condições de fazer um bom jogo e se estivermos em um bom dia podemos ganhar também. A expectativa é boa para conquistar a vaga para Tóquio”, disse.

Se essas três modalidades têm boas chances para garantir vaga em Tóquio, o mesmo não se pode dizer das outras três, a começar pelo time masculino de basquete. Mesmo o Brasil tendo uma boa seleção, com jogadores experientes, a vaga é complicada porque vai enfrentar a dona da casa Croácia, favorita à classificação, além da possibilidade de cruzar com Rússia ou Alemanha. De qualquer forma, o time vai em busca do sonho olímpico e acredita na superação.

Já a seleção masculina de polo aquático também terá um desafio gigantesco contra grandes potências da modalidade para uma das vagas para Tóquio. “O Pré-Olímpico será uma competição muito difícil, pois seleções como Grécia, Montenegro, Croácia, Alemanha e Rússia também querem a classificação. Como técnico, devo acreditar nessa equipe. Já fizemos uma vez, vencendo os Estados Unidos, fato que ninguém acreditava”, lembrou o treinador André Avallone.

“Pode parecer difícil, para alguns pode ser impossível, mas enquanto existir chances de classificação, nós vamos trabalhar e acreditar que podemos. O grupo de atletas que temos quando se unem, ficamos muito fortes. O polo aquático brasileiro merece esta vaga no Jogos Olímpicos de Tóquio”, continuou.

Já a equipe feminina não vai disputar o Pré-Olímpico em Trieste, na Itália. Segundo a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), devido à ausência de patrocínio e limitação da verba da Lei Piva, a entidade teve de escolher entre a seleção masculina e a feminina. “Escolhemos o masculino, por ter maior chance de classificação”, frisou.

Quem também está ciente das dificuldades é a seleção masculina de rúgbi sevens, que vai brigar na repescagem mundial pela única vaga em disputa contra grandes potências. “É um torneio muito difícil. É uma última vaga em disputa e só o campeão vai para a Olimpíada. Tem equipes fortes como França, Irlanda, Samoa e Quênia. Nossa seleção de sevens não está nas maiores competições do mundo, mas temos jogadores experimentados e que estamos usando no 15. No Pan em Lima, disputamos o bronze, com chances reais de vitória. Tem possibilidade, mas é difícil”, comentou Fernando Portugal, diretor técnico da CBRu (Confederação Brasileira de Rugby).