Esportes

MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca

Na denúncia por homicídio triplamente qualificado encaminhada, o órgão afirma que Lima teria dito que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão"

MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou suposto motivo político no assassinato, em 1º de abril, de Thiago Leonel Fernandes da Motta, morto a tiros pelo agente penal Marcelo de Lima após o primeiro Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca.

Na denúncia por homicídio triplamente qualificado encaminhada à Justiça pela promotoria, o órgão afirma que Lima teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. 

O ataque verbal teria provocado revolta das vítimas – Bruno Tonini Moura também foi baleado – e gerado uma discussão.

A partir daí, diz o MP-RJ, “o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez que Bruno recebeu pronto e eficaz atendimento médico”.

A briga se desenrolou em frente à pizzaria “Os Renatos”, considerada um reduto de torcedores do Fluminense, no entorno do Maracanã. Inicialmente, testemunhas disseram que a confusão teria começado por causa de uma pizza, versão contestada por uma das donas do estabelecimento e, também, não confirmada pelas investigações da Polícia Civil.

“MOTIVO TORPE”

Segundo a denúncia apresentada na terça-feira à 4ª Vara Criminal da Capital, “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações”. 

O MP-RJ argumenta ainda que o ataque aconteceu com emprego de meio que resultou em perigo comum, “uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais”. Ao todo, dez tiros foram disparados.

Além disso, diz o MP-RJ, “os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”.

O Estadão segue tentando localizar a defesa de Marcelo de Lima para que se manifeste sobre a denúncia.