Esportes

"Muita coisa já está pronta" para Olimpíada, diz Nuzman

“Muita coisa já está pronta” para Olimpíada, diz Nuzman “Muita coisa já está pronta” para Olimpíada, diz Nuzman “Muita coisa já está pronta” para Olimpíada, diz Nuzman “Muita coisa já está pronta” para Olimpíada, diz Nuzman

Lausanne – Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), rebateu críticas e garantiu que “muitas das instalações” para os Jogos de 2016 já estão prontas e que tudo será entregue dentro do prazos para o evento. Nas últimas semanas, a preparação da capital fluminense foi duramente criticada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e por outros dirigentes esportivos em todo o mundo. Mas Nuzman insiste que não há motivos para preocupações.

“Já temos muita coisa pronta”, disse Nuzman, indicando que parte das instalações é um legado dos Jogos Pan-Americanos, realizados em 2007. “As instalações mais caras já estão feitas”, insistiu.

Sua avaliação é bastante diferente do que mostram as planilhas secretas do COI e mesmo das opiniões públicas das federações esportivas internacionais. Um dos vice-presidentes da entidade chegou a apontar que a preparação do Rio era “a pior” já vista.

Diante da crise, o suíço Gilbert Felli foi nomeado pelo COI como uma espécie de interventor para o evento no Rio de Janeiro, diante do caos na organização do evento e da preocupação cada vez maior por parte das federações esportivas internacionais. Na última terça-feira, ele voltou a criticar os atrasos. Mas Nuzman apontou que as críticas feitas dois anos antes do evento são uma constante na história dos Jogos e que elas fazem parte de “posições e estratégias de cidades e de membros do COI”.

O dirigente também destacou que a licitação para Deodoro, região que mais preocupa o COI, já foi realizada e que as obras começam em julho. “Não serão obras difíceis”, disse.

DISTÂNCIA – Agberto Guimarães, diretor de esportes para o Rio 2016, também afastou qualquer tom de crise na preparação. “Eu posso entender que algumas federações levantem questões. Eles tem o direito de fazer isso”, disse.

Ele argumentou que um dos fatores para o “nervosismo” dos dirigentes internacionais é a “distância” entre o Rio de Janeiro e as sedes das federações, na Europa. “Estamos longe de todos. Leva mais de onze horas para chegar ao Rio”, disse. “Eles pedem respostas rápidas e quando não recebem essas respostas, ficam nervosos”, completou.

Nesta semana, a reportagem revelou que fontes dentro do COI apontam que apenas 10% das obras para os Jogos de 2016 estão concluídas. Dois anos antes dos Jogos de 2012 em Londres, a taxa era de 60%.