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Na luta pelo título mundial do surfe, Filipinho tenta realizar sonho de criança

Com apenas 20 anos, ele chegou ao Havaí disputando cabeça a cabeça o título e desde cedo ele sonha com o grande momento. Quem revela é o próprio pai do atleta, Ricardinho Toledo

Na luta pelo título mundial do surfe, Filipinho tenta realizar sonho de criança Na luta pelo título mundial do surfe, Filipinho tenta realizar sonho de criança Na luta pelo título mundial do surfe, Filipinho tenta realizar sonho de criança Na luta pelo título mundial do surfe, Filipinho tenta realizar sonho de criança
Surfista está na terceira fase do campeonato Foto: Reprodução/Instagram

Havaí – Filipe Toledo fez uma temporada no Circuito Mundial de Surfe impressionante e já está na terceira fase do Pipe Masters, que nesta terça-feira deve ser reiniciado pois a previsão de ondulação é otimista. Com apenas 20 anos, ele chegou ao Havaí disputando cabeça a cabeça o título e desde cedo ele sonha com o grande momento. Quem revela é o próprio pai do atleta, Ricardinho Toledo, ex-surfista profissional.

“O tempo passa muito rápido. Lembro de quando ele era garotinho, por volta de cinco anos e meio, ele virou para mim e disse que queria ser campeão mundial, que queria entrar para a elite do surfe, e eu dei um sorriso, falei que sim, mas dentro de mim eu ri, não de uma forma sarcástica, mas por ele ser tão novo e sonhar com isso, sabendo que era algo que estava muito longe”, revela o pai.

Ricardinho sofre a cada remada do filho, a cada bateria. Na areia ou no palanque da organização do Pipe Masters, ele é um show à parte. “Agora me vejo aqui hoje, ele no terceiro ano como atleta profissional no Circuito Mundial, entrou muito cedo na elite dos melhores, e já está disputando o título mundial e com chances de ser o mais novo campeão da história. Isso realmente está sendo inexplicável e é uma satisfação muito grande”, explica.

Assim como Gabriel Medina e Adriano de Souza, outros brasileiros que chegaram ao Havaí lutando pelo título mundial, Filipinho se apoia muito na família para colher os frutos. O pai Ricardinho se reveza na função de técnico e de gerenciamento de carreira do garoto. Nas viagens, até faz a comida para o filho e para outros atletas que costumam ficar na mesma casa. “A gente faz de tudo para poder dar essa tranquilidade para ele, esse é o objetivo de todo técnico ou manager, que é deixar o surfista pegando onda e fazendo só o que tem de fazer. Os bastidores ficam por conta do pessoal que assessora, e eu sou o pessoal que assessora”, afirma.

O talento de Filipinho é nítido e ele está aos poucos deixando para trás a fama de ser especialista apenas em aéreos para mostrar que é bom também em ondas pesadas, em qualquer tipo de mar. Humilde, o garoto garante que ainda não é melhor que o pai. “Às vezes fazemos umas baterias na família e ele sempre me dá um couro na gente”, brinca o surfista.

Mas Ricardinho sabe que não é bem assim. “Sem dúvida nenhuma ele me superou. Claro que foram épocas diferentes, o surfe no meu tempo era encarado de uma forma mais solta por algumas pessoas, outros viam como confraternização, de curtição, mas ele foi tomando uma outra cara, o surfista hoje é um atleta de elite. É natural que ele tenha me superado, mesmo porque minha carreira, apesar de ter sido longa, foi em uma época completamente diferente e muito mais difícil”, conclui Ricardinho, que vai continuar na torcida pelo filho talentoso.

Se nesta terça realmente a organização optar por iniciar a terceira fase da competição, nesse dia poderá sair o campeão caso alguns candidatos ao título sejam eliminados precocemente. Ainda estão na briga os brasileiros Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina, e os australianos Mick Fanning e Julian Wilson. No total, faltam mais 27 baterias para terminar a etapa. Ou seja, um dia e meio com boas ondas é suficiente.