O Mundial de Natação Paralímpica começou na madrugada deste domingo (21) em Singapura e já trouxe uma emoção diferente para a nadadora Mariana Gesteira, antes mesmo de cair na piscina para as suas primeiras provas.
A atleta do Álvares Cabral foi porta-bandeira do Brasil no desfile de abertura, ao lado do pentacampeão olímpico Gabrielzinho.
Natural de Itaboraí (RJ), Mari Gesteira mudou-se para o Espírito Santo para treinar com o técnico Leonardo Miglinas no Álvares Cabral.
Ela nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio, e foi medalhista de bronze nos 100m livre e nos 100m costas nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
O Mundial de Natação Paralímpica começou neste domingo e vai até o dia 27. Mari Gesteira compete nos dias 24, 26 e 27.
Veja o vídeo:
Patricia Pereira estreia com medalha
Outra representante do Estado na competição é Patrícia Pereira. Ela estreou neste domingo e conquistou a medalha de bronze nos 50m peito classe SB3, com o tempo de 57s70. A primeira colocação foi para a italiana Monica Boggioni (53s95), e a segunda com a Mira Larionova, dos Atletas Paralímpicos Neutros, com 56s33.
A mineira radicada no Espírito Santo tem quatro medalhas em Jogos Paralímpicos: duas pratas — 4x50m livre no Rio-2026 e 50m peito em Paris-2024 — e dois bronzes — 4x50m livre em Tóquio-2021 e 4x50m livre em Paris-2024.
Patricia nasceu em Coronel Fabriciano (MG) e atualmente defende o clube Naurú (SP), mas passou a vida inteira no Espírito Santo. Ela foi baleada no pescoço em 2002, durante um assalto a uma casa lotérica onde trabalhava como caixa, em Vitória, e ficou tetraplégica.
Num centro de reabilitação no Estado, conheceu primeiro o basquete em cadeira de rodas. Porém, em 2009, foi convidada para um projeto que envolvia a natação, que foi o ponto de partida para a atleta ingressar na modalidade.