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No Pacaembu, Santos fecha rodada dupla inédita em um mesmo estádio no Brasileirão

No Pacaembu, Santos fecha rodada dupla inédita em um mesmo estádio no Brasileirão No Pacaembu, Santos fecha rodada dupla inédita em um mesmo estádio no Brasileirão No Pacaembu, Santos fecha rodada dupla inédita em um mesmo estádio no Brasileirão No Pacaembu, Santos fecha rodada dupla inédita em um mesmo estádio no Brasileirão

São Paulo – Pela primeira vez no Campeonato Brasileiro, um estádio receberá rodada dupla. E o escolhido para sediar neste domingo os jogos Flamengo x Figueirense, às 11 horas, e Santos x Santa Cruz, às 18h30, foi o Pacaembu, em São Paulo. Apesar do grande fluxo de torcedores em um curto intervalo de tempo, a segurança não é motivo de inquietação.

“A rodada dupla não chega a ser de grande preocupação porque não há tanta rivalidade entre Flamengo e Santos. O público flamenguista que vai ao jogo deve ser formado por quem é carioca e mora em São Paulo, é um perfil mais tranquilo e comportado. Notamos isso no Fla-Flu que teve no começo do ano”, explica Luiz Gonzaga de Oliveira Junior, tenente-coronel da Polícia Militar.

Foram escalados 120 policiais militares para cada jogo. O baixo risco permitiu o retorno do time rubro-negro para a capital paulista. “O espaçamento de horário entre um jogo e outro será importante para a organização. A gente não se preocupa com o escoamento do público do primeiro jogo porque as torcidas não têm histórico de rivalidade. Mesmo quem é de organizada e vem do Rio vai chegar em comboio e escoltada”, enfatiza o responsável pelo policiamento dos estádios em São Paulo.

A previsão é que por volta das 13h15 os torcedores da partida matinal já tenham deixado o estádio. O trabalho da organização seguirá o procedimento padrão. “Quando está faltando cinco minutos é dado o posicionamento dos portões abertos, agradecemos a presença do público e desejamos um bom retorno”, conta Mauro Castro, diretor do Pacaembu.

A rotina de trabalho da jornada dupla também será a mesma adotada em partidas únicas. Serão 98 profissionais contratados pelo Pacaembu, que irão se revezar ao longo de todo o dia. O turno terá início por volta das 7 horas da manhã e vai durar até o fim dos trabalhos.

O estádio é responsável por diversos serviços: elétrico, hidráulico, limpeza, cerimonial, disponibilidade de maqueiros, gandulas, entre outros. Cuidados com o gramado estão previstos no intervalo entre os confrontos, assim como a higienização do local. “São jogos com operações completamente distintas, como se fossem dois dias da semana”, afirma Castro.

O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, afirmou que com a impossibilidade de jogar no Rio, atuar na capital paulista é a melhor opção, desde que seja possível alugar o estádio e ter o aval da Polícia Militar. “Os jogadores gostam muito do Pacaembu. Alguns têm famílias em São Paulo, às vezes conseguem até emendar a estadia na cidade com algum programa com os parentes. Para nós é sempre muito bom”, disse à reportagem do Estado.

FLA DEVE LEVAR MAIOR PÚBLICO – Mesmo punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a restrição na carga de ingressos, o Flamengo deve mobilizar mais presença de público no Pacaembu neste domingo do que o Santos. Isso porque até sexta-feira o time carioca esgotou os quase 31 mil ingressos à venda, contra apenas 11 mil comercializados pelo time paulista.

A equipe carioca cumpre uma das três partidas como mandante com 20% da capacidade reduzida como punição por incidentes no jogo com o Palmeiras, em Brasília. A rápida venda não causou surpresas à diretoria. “Em março tivemos o Fla-Flu o Pacaembu com estádio lotado. Já esperávamos a procura. Temos muitos torcedores em São Paulo”, disse o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello.

Com a rodada dupla, o Pacaembu chegara à 27ª partida em 2016. O número é o triplo da quantidade de jogos realizada no local em todo o ano passado. Ainda neste ano, o estádio vai receber mais um clássico entre Santos e São Paulo.

A Prefeitura receberá como taxa de aluguel para cada jogo o menor valor entre o montante de 12% da renda bruta e a taxa de R$ 71,9 mil. O custo anual de manutenção do local é de R$ 9 milhões.