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No primeiro dia no Rio, Michael Phelps prefere distância da imprensa e dos fãs

No primeiro dia no Rio, Michael Phelps prefere distância da imprensa e dos fãs No primeiro dia no Rio, Michael Phelps prefere distância da imprensa e dos fãs No primeiro dia no Rio, Michael Phelps prefere distância da imprensa e dos fãs No primeiro dia no Rio, Michael Phelps prefere distância da imprensa e dos fãs

Rio

Maior medalhista olímpico de todos os tempos, o norte-americano Michael Phelps desembarcou no Rio na madrugada desta terça-feira para a sua última jornada em Jogos Olímpicos. O nadador dos Estados Unidos, que subiu ao pódio 22 vezes e conquistou nada menos do que 18 medalhas de ouro desde que estreou, aos 15 anos, nos Jogos de Sydney-2000, fará na Cidade Maravilhosa a sua última participação nos Jogos. Ciente de que sua importância para o esporte é proporcional ao assédio de fãs e jornalistas do mundo todo, ele passou o primeiro dia na cidade bem longe dos holofotes. Publicamente, começou seu primeiro dia na cidade mudo e encerrou calado.

Phelps desembarcou no Rio logo nos primeiros minutos da madrugada de terça-feira junto com os outros 44 nadadores da delegação norte-americana. Fez o check-in na Vila Olímpica por volta das 2 horas e só saiu do local no início da tarde, quando toda a equipe do país foi fazer um treino leve na piscina principal do estádio Aquático, no Parque Olímpico.

Ele evitou contato com jornalistas e tampouco cedeu autógrafos para torcedores tanto na chegada ao Rio quanto em sua primeira passagem pela piscina que, na próxima semana, registrará as suas últimas braçadas nos Jogos Olímpicos.

A vontade de ficar isolado é tanta que nesta terça-feira, no fim da tarde, ele se irritou com a presença de um grupo de jornalistas no restaurante da Vila Olímpica. O local é restrito a atletas e integrantes de delegações olímpicas, mas os organizadores faziam um tour para a imprensa. Ao ver os repórteres, ele repetiu por diversas vezes que “vocês não deveriam estar aqui”. E proibiu que a imprensa fizesse fotos.

Michael Phelps chega ao Rio classificado para seis disputas individuais na Olimpíada. Ele disputará os 100 metros e os 200 metros borboleta, além da prova de 200 metros medley. Phelps também poderá ser escalado em outros três revezamentos – as provas de 4×100 metros livre, 4×100 metros medley e 4×200 metros livre.

Caso dispute todas essas provas, ele poderá se tornar tetracampeão olímpico em quatro delas. Isso porque Phelps é imbatível nas provas de 100 metros borboleta e 200 metros medley, além dos revezamentos 4×100 metros medley e 4×200 metros livre, desde a Olimpíada disputada em Atenas, em 2004.

Sua primeira medalha nos Jogos do Rio poderá vir já neste domingo, desde que seja escolhido para o revezamento 4×100 metros livre. A partir daí, poderá ser visto na piscina do estádio Aquático diariamente até a sexta-feira, dia 12, que poderá entrar para a história como o da despedida de uma lenda.

BICAMPEÃO – Um dos favoritos ao ouro na prova dos 50 metros, o francês Florent Manaudou também chegou nesta terça-feira ao Rio, mas foi exatamente o oposto de Phelps. À tarde, ele participou de um evento oficial promovido pela delegação francesa na Sociedade Hípica Brasileira, na zona sul do Rio, e se mostrou bem à vontade.

Atual campeão olímpico dos 50 metros, Manaudou é apontado por muitos como provável bicampeão olímpico, mas procurou repassar a pressão para outro nadador: o brasileiro Bruno Fratus. “Ele está com muita vontade. Está na terra dele, nadando só os 50 metros”, comentou. “É um excelente competidor e será um dos maiores adversários com certeza”.

O francês também lamentou a ausência de Cesar Cielo, a quem bateu nos Jogos Olímpicos de Londres. “Foi ele (Cielo) quem me deu vontade de nadar os 50 metros. Nadar contra o Cielo aqui no Brasil, com o histórico dele de medalhas, seria uma honra para mim”, afirmou Manaudou. O campeão, porém, reconheceu que o momento é de outro brasileiro. “Nesse, o Fratus pode nadar muito rápido”.