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No Uruguai, seleção se hospeda no bairro do primeiro gol da história das Copas

No Uruguai, seleção se hospeda no bairro do primeiro gol da história das Copas No Uruguai, seleção se hospeda no bairro do primeiro gol da história das Copas No Uruguai, seleção se hospeda no bairro do primeiro gol da história das Copas No Uruguai, seleção se hospeda no bairro do primeiro gol da história das Copas

Montevidéu – A seleção brasileira está matematicamente bem perto da próxima Copa do Mundo e geograficamente ao lado de onde a história dos Mundiais começou. A equipe do técnico Tite lidera as Eliminatórias com folga e escolheu como concentração em Montevidéu, para o jogo desta quinta-feira com o Uruguai, um hotel no bairro de Pocitos, a cerca de 30 minutos de caminhada onde um antigo e já demolido estádio foi palco do primeiro gol da história das Copas, em 1930.

A região nobre da capital uruguaia tem a praia como principal atrativo. Até 1940 o bairro tinha outro ponto de referência, pois batizava o antigo estádio do Peñarol. Após o clube optar por jogar no Centenário, em 1933, o antigo estádio foi demolido para a construção de ruas e de loteamentos para casas. Da estrutura física da praça esportiva, nada restou. Na região onde ficava o antigo campo atualmente só existem casas, estabelecimentos comerciais e memoriais discretos para relembrar onde foi marcado o gol histórico.

A equipe de Tite está hospedada a 2 km do local onde foi dado o pontapé inicial da rodada inaugural da primeira Copa do Mundo, em 13 de julho de 1930. No estádio de Pocitos, a França entrou em campo para enfrentar o México às 15h, junto com o início de Estados Unidos x Bélgica, no Parque Central. Nas partidas simultâneas, o francês Louis Laurent entrou para a história por ter marcado o primeiro gol da vitória por 4 a 1 apenas quatro minutos antes de o norte-americano McGhee anotar o dele diante dos belgas.

O feito do francês está relembrado em Pocitos apenas por dois monumentos discretos. No local exato onde era o centro do campo, atualmente funciona uma lavanderia. O estabelecimento foi comprado pelos donos atuais em 1972, mais de 30 anos depois da demolição do estádio. Na calçada logo à frente há uma placa fixada no chão e um totem para demarcar a antiga posição do círculo central.

O autor do monumento é o artista plástico Eduardo di Mauro, responsável também pela escultura do outro lado da rua, onde um poste faz referência à antiga posição da trave onde Laurent fez o gol. Os dois memoriais foram inaugurados em 2006, após a prefeitura encomendar um estudo arquitetônico e histórico para tentar identificar a posição exata do antigo estádio. Ao fim do trabalho, houve um concurso para eleger quais obras seriam as escolhidas para marcar a localização desses dois pontos.