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Clarrisa 'fura' boicote e fortalece CBB, que comemora respaldo de líderes

Redação Folha Vitória

São Paulo - A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) acredita ter saído vencedora da queda de braço travada com o chamado "Colegiado de Clubes", formado agora por cinco dos seis times da Ligas de Basquete Feminino (LBF) e que defendia o boicote à seleção feminina durante o evento-teste da modalidade. Apenas nove atletas se apresentaram ao técnico Antonio Carlos Barbosa na manhã desta quarta-feira, em um flat na zona sul de São Paulo, sendo seis atletas do Sampaio Corrêa, do Maranhão. Mas, entre as que defenderão jogar o torneio no fim de semana que vem estão três das líderes do elenco: a ala Iziane e as pivôs Clarissa e Erika.

"A Iziane, a Clarissa e a Érika estão aqui e isso me dá muita segurança de que nós estamos certos. Se tivesse alguma coisa errada, a Érika seria a primeira a colocar a boca no trombone, ela não sabe ficar quieta. E ela aceitou a convocação, está aqui, a Iziane também", comemorou Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções da CBB.

Érika não estava na lista inicial do então técnico Luiz Zanon, porque ela estava defendendo o Adana Aski, da Turquia, e os clubes não são obrigados, pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) a liberar sua atletas para o evento-teste, que começa dia 15. A veterana, entretanto, rescindiu seu contrato com os turcos, por motivos não revelados, e se colocou à disposição para jogar, sendo convocado por Barbosa, substituto de Zanon.

Já Clarissa, que só deve se apresentar na tarde desta quarta, foi a única jogadora dos clubes da LBF que furou o boicote. A pivô, de 27 anos, é estrela do Corinthians/Americana, time de Ricardo Molina e Antônio Carlos Vendramini, líderes do Colegiado. Ela corre o risco de ser dispensada pelo clube, que teria exigido que ela, Damiris, Gilmara e Joice boicotasasem a seleção.

Damiris, outra das estrelas do basquete brasileiro, apresentou atestado médico apontando uma fratura por estresse na tíbia da perna esquerda, sendo liberada. Joice enviou carta à CBB em 20 de dezembro, pedindo dispensa por "razões particulares". Gilmara alegou "motivos familiares de foro íntimo".

A CBB fez questão de expor em seu site a íntegra dos pedidos de dispensa. Jaqueline e Tássia, do Santa André, falaram em "razões particulares", enquanto Adrianinha, Tainá e Tati, do América-PE, explicaram a ausência por "motivos particulares, que fogem do meu controle".

A entidade, entretanto, conseguiu convencer os dirigente do Sampaio Corrêa a também furarem o boicote. Por conta disso, a seleção conta com a ala-armadora Carina, as alas Isabela Ramona, Iziane e Palmira, e as pivôs Karina Jacob e Carina Felippus. A pivô Nádia, do mesmo clube, pediu dispensa por lesão.

Também foram chamadas outras três jovens de clubes que não jogam a LBF: a ala-armadora Bia, de 20 anos, do Jaraguá-SC, a ala Mariane Carvalho, de 18 anos, da ADC Bradesco, e a armadora Laís Tobias, do São Bernardo. Mais uma jovem deverá ser convocada, mas até as 13h desta quarta-feira, horas antes do primeiro treino para o evento-teste, a comissão técnica ainda discutia nomes.

A seleção treina no Sírio, em São Paulo, até a próxima segunda-feira. O time fará amistosos no Rio contra Argentina (terça) e Austrália (quarta) antes de estrear no evento-teste na sexta-feira da semana que vem.

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