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Chefe do atletismo do Quênia é suspenso pela IAAF em meio a escândalo de doping

Redação Folha Vitória

Londres - Uma da principais forças do atletismo, o Quênia parece cada vez mais perto de receber uma sanção tão grande quanto a aplicada à Rússia. Nesta segunda-feira, o Comitê de Ética da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) anunciou a suspensão provisória do ex-CEO da Federação de Atletismo do Quênia Isaac Mwangi. Ele é acusado de pedir suborno para reduzir suspensão por doping de atletas do país.

Na semana passada, Mwangi pediu uma licença de 21 dias do cargo de CEO da entidade queniana enquanto as acusações são investigadas. Agora o afastamento dele do atletismo foi determinado pela IAAF, que impôs uma suspensão provisória de 180 dias em nome da integridade do esporte. No período, ele fica proibido de exercer qualquer atividade ligada ao atletismo.

Em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), a meio-fundista Joy Sakari e da barreirista Francisca Koki Manunga afirmaram que Mwangi pediu suborno de US$ 24 mil (R$ 96 mil) em uma reunião em 16 de outubro, mas que elas não tinham condições de conseguir dinheiro. As atletas testaram positivo para uma diurético proibido no Mundial de 2015, em Pequim e estão cumprindo suspensão de quatro anos.

As atletas disseram que nunca entraram com uma queixa criminal contra Mwangi porque não tinham provas para apresentar da acusação de suborno e também temiam repercussões do caso.

Também em entrevista à AP, Mwangi rejeitou as acusações, dizendo que eram "apenas uma piada", negando ter se encontrado com as atletas. Além disso, afirmou que a federação não poderia influenciar na determinação das penas. De acordo com ele, as acusações foram "sem fundamento" e lhe causaram "angústia mental".

As investigações da IAAF já provocaram as suspensões do presidente da federação queniana, Isaiah Kiplagat, do vice-presidente, David Okeyo, e do ex-tesoureiro, Joseph Kinyua.

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