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Mogi Mirim leva W.O. e é rebaixado na Série A3 do Campeonato Paulista

Redação Folha Vitória

A situação do Mogi Mirim na Série A3 do Campeonato Paulista azedou de vez. Não bastasse o eminente rebaixamento, agora confirmado, o tradicional clube do interior termina sua participação passando vexame. Nesta quinta-feira, o clube foi rebaixado com a confirmação da suspensão da próxima partida e consequente derrota por 3 a 0 por W.O.. Este é o quinto rebaixamento do clube em quatro temporadas.

O Mogi jogaria contra o São Bernardo no próximo domingo, pela 16ª rodada. Como está com o estádio Vail Chaves interditado, o time tem mandado suas partidas no estádio Francisco Vieira, em Itapira (SP). Mas não solicitou mudança desta partida e, sem um estádio para receber o confronto, teve a partida considerada como derrota.

Este resultado garante, de forma matemática, o rebaixamento, já que restam apenas mais três jogos e o Mogi Mirim está na lanterna com apenas sete pontos. Tem dez a menos do que o Olímpia, primeiro time fora da zona da degola. Não está definido ainda se o time vai disputar seus outros três compromissos contra Rio Branco e Marília, ambos fora, e Desportivo Brasil, em casa, ou como mandante.

TEMPOS DE GLÓRIA - Um dos mais tradicionais clubes do interior de São Paulo, o Mogi Mirim já viveu tempos de glórias, disputando grandes jogos contra as principais clubes de São Paulo. Além disso, viveu uma temporada especial em 1992, quando ficou conhecido como Carrossel Caipira e contava com nomes como Rivaldo e Válber. No comando estava Osvaldo Alvarez, o Vadão, atualmente na seleção brasileira feminina.

O Carrossel Caipira disputou o Torneio João Havelange de 1993, que reunia clubes do Rio de Janeiro e São Paulo. O seu futebol dinâmico, inspirado no esquema do famoso Rinus Michels, técnico holandês, encantou o Brasil com grandes jogos. Bateu o Corinthians na semifinal e perdeu a decisão para o Vasco, nos pênaltis, após uma vitória e uma derrota por 4 a 0.

O Mogi Mirim nunca mais teve o mesmo brilho, mas seguiu como uma das principais forças do interior de São Paulo, com presença constante nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro e na elite do Paulista. Por quase três décadas esteve nas mãos do empresário Wilson Barros, que administrava o Mogi como uma empresa.

No início desta década se manteve nestas divisões quando teve, por um período, o ex-craque Rivaldo em seu comando. Mas o jogador-dirigente se desgastou internamente por adquirir parte das propriedades do clube. Um negócio mal explicado e que até hoje é questionado por antigos conselheiros.

CINCO QUEDAS - No entanto, nos últimos anos vem sofrendo com a má administração e a falta de investimento. O atual presidente é Luiz Henrique de Oliveira, que herdou a Gestão Rivaldo prometendo inovação, mas que apenas gerou uma enorme frustração na torcida.

O time vinha literalmente caindo pelas tabelas. O time começou o ano de 2015 na Série B do Brasileiro e na elite do Paulista e, em menos de três anos, foi rebaixado cinco vezes, chegando à Série D nacional. E, com este novo rebaixamento, à Segunda Divisão do Campeonato Paulista, que equivale à quarta e última divisão do Estado, chegou ao fundo do poço.

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