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Em ano de Pan, Hugo Hoyama diz estar adaptado como treinador

Redação Folha Vitória

São Paulo - Quem tem menos de 31 anos nunca viu uma edição dos Jogos Pan-Americanos sem a participação da Hugo Hoyama. Neste ano, ele estará em Toronto, no Canadá, mas não vai ampliar sua coleção de 15 medalhas. Afinal, agora aos 45 anos, a lenda do tênis de mesa brasileiro é o técnico da seleção feminina da modalidade.

Ouro por equipes no Rio-2007 e em Guadalajara-2011, Hoyama está desde 2013 à frente da seleção feminina. Sob o comando dele, as brasileiras vivem momento histórico, com chances reais de dominarem a modalidade em Toronto, algo que não aconteceu nas duas últimas edições do Pan, quando o Brasil não foi ao pódio.

"Eu estou bastante motivado. O começo foi difícil, aquela fase de adaptação de atleta para técnico, mas hoje estou e focado nisso. Nos Jogos Pan-Americanos, que são nosso principal foco no ano, temos grandes chances de pódio com todas as meninas, principalmente nas equipes. Estamos nesse ritmo pra que elas cheguem muito preparadas em 2016", comenta Hoyama.

Quando ainda se revezava como atleta da seleção e técnico de clube, Hugo Hoyama revelou Gui Lin, uma chinesa que cresceu no País. Na quarta-feira, a federação internacional atualizou o ranking mundial e colocou Gui como melhor mesa-tenista do País, no 130.º lugar da lista.

Assim, deixou para trás Caroline Kumahara (143.º), que ainda joga na categoria sub-21. Já a garota Bruna Takahashi, pupila de Hoyama, é a sexta melhor do ranking sub-15 e já ocupa o 200.º lugar entre as adultas.

"Eu quero uma delas entre as 100 melhores do mundo o mais rápido possível, mas não é fácil, por isso tenho paciência. Mas ao mesmo tempo não posso me contentar com as posições atuais porque sei que elas podem muito mais e espero continuar ajudando elas a atingir esse objetivo", aponta o treinador.

No ano passado, o Brasil ganhou a segunda divisão do Mundial e subiu pela primeira vez à elite do tênis de mesa. Em quatro ano, o país subiu do 37.º para o 27.º lugar do ranking mundial, sendo agora o mais bem colocado entre os países pan-americanos.

A evolução tende a continuar, uma vez que as principais atletas do País estão jogando por equipes estrangeiras. Gui Lin está no Linz, da Áustria, enquanto Caroline Kumahara treina na Coreia do Sul. Jéssica Yamada já mora há alguns anos na França. A outra atleta da seleção é Lígia Silva, número 160 do ranking.

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