Esportes

Em nova etapa na Austrália, Brasil busca 2ª vitória no Circuito Mundial de Surfe

O tradicional Rip Curl Pro Bells Beach terá a presença de 11 brasileiros no masculino e uma no feminino

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Rede Social

Os surfistas brasileiros vão em busca de mais uma vitória na segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, que começa na Austrália nesta quarta-feira (tarde de terça no Brasil, com chamada às 17h30) com Italo Ferreira usando a lycra amarela de líder do campeonato. O tradicional Rip Curl Pro Bells Beach terá a presença de 11 brasileiros no masculino e uma no feminino.

Na primeira etapa do ano, Italo levou a melhor com um show de aéreos e belas manobras e passou a liderar o circuito no ano que define os classificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, na estreia do surfe no programa. No final do ano, os dois brasileiros mais bem ranqueados vão carimbar a vaga na competição.

Italo vem embalado e vai competir justamente na etapa que foi vencedor no ano passado. Ele sabe que é uma competição difícil, mas tem o sonho de "balançar o sino" de campeão novamente. Para isso, terá de começar bem, na quarta bateria da primeira fase, contra o havaiano Ezekiel Lau e o também brasileiro Caio Ibelli.

Quem tentará melhorar a sua posição é o atual campeão mundial Gabriel Medina. Ele ficou em quinto lugar na etapa de abertura e agora vai começar a sua caminhada em Bells Beach contra os australianos Ryan Callinan e Harrison Mann. Já Filipe Toledo terá pela frente os norte-americanos Griffin Colapinto e Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial.

"É bom para ir logo aquecendo as canelas. Se pretende vencer, tem logo que já ir colocando seu ritmo", afirmou Filipinho, que considera Kelly Slater uma lenda. Os dois têm uma boa relação e o norte-americano chegou inclusive a ajudar o brasileiro com dicas quando ele estava disputando o título mundial em Pipeline, no Havaí, no ano passado.

O brasileiro tem como objetivo ganhar a etapa para superar a sua melhor posição histórica, um quinto lugar, conquistado em 2013 e 2017. "Quero apenas ter boas oportunidade na bateria. O surfe está no pé. Se as ondas vierem para mim, vou mostrar o meu surfe e é isso que mais quero", explicou.

No novo formato de baterias criado pela WSL (Liga Mundial de Surfe, na sigla em inglês), os duelos eliminatórios entre apenas dois atletas começam logo na terceira fase e vão até a final. Ou seja, os erros são fatais. "Tudo vai depender muito das condições do mar, mas teoricamente é sempre escolher as maiores e manobrar forte nas partes mais críticas nas sessões da onda", comentou o surfista de Ubatuba (SP).

Além dele, Medina e Italo, o Brasil terá ainda na etapa Jadson André, Caio Ibelli, Michael Rodrigues, Yago Dora, Deivid Silva, Willian Cardoso, Jesse Mendes e Peterson Crisanto. No feminino, a única representante é Tatiana Weston-Webb, pois Silvana Lima está machucada e ainda não competiu este ano no Circuito Mundial.

O prazo para a competição terminar vai até o próximo dia 27 e a previsão de ondas para os primeiros dias na Austrália não é das mais animadoras. A tendência é que o evento ocupe boa parte da janela de disputa, aguardando melhores condições para o final do período. Vale lembrar que Bells Beach tem fundo de pedra, água gelada e ondas para a direita.