Esportes

Capixabas de escola de judô inclusivo conquistam medalhas em competição nacional

Além dos bons resultados, a academia Henkan, em Vila Velha, auxilia os alunos com necessidades especiais a evoluírem no tratamento por meio do esporte

Vitor Simões

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Academia Henkan, em Vila Velha, trabalha com os alunos com necessidades especiais

O judô tem sido uma das principais modalidades do esporte brasileiro. Por meio dele, o Brasil conquistou medalhas de bronze, prata e de ouro nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e do Rio, em 2016. No entanto, há quem também adote a atividade como uma forma de inclusão social. É com esta função que a academia Henkan Judô tem trabalhado para auxiliar os atletas com necessidades especiais.

Localizada na Prainha, em Vila Velha, a academia obteve recentemente um resultado expressivo nacionalmente com seus alunos. Na última semana, a Henkan participou de uma competição nacional, o Open Nordeste de Judô Funcional Inclusivo. 

A academia foi a que teve o maior número de representantes não só do Espírito Santo, mas como em todo o Brasil. Foram seis alunos da escola de judô inclusivo participando das atividades propostas, que ocorreram de maneira híbrida por conta das restrições em virtude da pandemia da covid-19.

O resultado final não poderia ter sido melhor. Todos os representantes da escola foram premiados, ao todo foram seis medalhas conquistadas pela escola de judô inclusivo, sendo duas de cada (ouro, prata e bronze). Os seis alunos também receberam brindes da Rede Farmes, que apoiou a inciativa.

EVOLUÇÃO NA CONVIVÊNCIA

Fundador e idealizador da escola, o Sensei Peri da academia Henkan Judô Inclusivo também é um dos professores, junto com Bruno Campos e Ana Paula Marçal. Ele vibrou com o desempenho alcançado pela escola de artes marciais na competição e ressaltou a importância dos alunos manterem o contato com o esporte.

"O evento foi muito organizado e estimulou as crianças a continuarem ativos com toda segurança necessária nesse momento”, afirmou Peri. Falando do projeto, o Sensei destacou que a função da escola de artes marciais é auxiliar os alunos a evoluírem no tratamento das necessidades especiais por meio do esporte. 

"Nosso objetivo é preparar essas pessoas para uma aula grupo e, com isso, ajudá-las na convivência", concluiu.

As aulas acontecem de maneira individual, em salas de aula onde o aluno só tem contato com o professor, e em horários agendados seguindo os protocolos sanitários em vigência.

Foto: Divulgação
Open Nordeste de Judô Funcional Inclusivo

PAIS ORGULHOSOS

A escola de artes marciais não tem apenas boas avaliações nas competições. Os pais dos alunos também aprovam e elogiam o impacto do esporte no dia a dia dos filhos.  Jussara Almeida Deps é mãe do Thiago Almeida, de 18 anos, um dos alunos da escola de judô.

Segundo ela, o filho pratica o judô desde os seis anos de idade e antes chegou a praticar o futebol como atividade. Mas foi a partir das aulas que ele conseguiu desenvolver. "Nas aulas com o Peri , o Thiago melhorou bastante em relação ao TOD , pois tinha muita dificuldade em perder, no relacionamento com outras crianças e se entender melhor no mundo dos autistas", destacou.

Quem também aprova o judô inclusivo é Roberta Ramos Silveira, mãe do Vitor Ramos, de 10 anos. Ele começou a praticar o judô na Henkan em outubro de 2020 e, segundo a mãe, a cada dia vem evoluindo no tratamento. 

"Evolução positiva, resultados obtidos em conjunto com a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico. Uma conquista pequena, porém positiva. Representa mais um desafio que ele venceu", comemorou.

INSCRIÇÕES

Por conta da pandemia, a academia Henkan não está abrindo vagas para novos alunos, por enquanto. As aulas são particulares e o valor é cobrado de acordo com o número de aulas semanais que os alunos participam. Para informações, o Sensei Peri deve ser contatado pelo celular (27 9 9227-3800) ou por meio dos perfis oficiais da Henkan para marcar dia e horário para uma aula experimental.

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