Esportes

George Hilton diz não temer que investigações sobre cartolas atinjam o governo

Redação Folha Vitória

Rio - O ministro do Esporte, George Hilton, disse na tarde desta quarta-feira que o governo federal não teme que a investigação do FBI que prendeu cartolas do futebol, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, respingue em Brasília. Marin foi presidente do Comitê Organizador Local (COL) da última Copa do Mundo, entidade responsável por coordenar as obras para o Mundial do Brasil.

"Não há essa preocupação, não. Nós sabemos que o governo tem uma política muito determinada, de critérios rigorosos. O ministério tem uma atuação nesse sentido. O que nós queremos dessas investigações é que a gente possa ter os devidos esclarecimentos de tudo", disse Hilton, ao chegar para um evento em um hotel em Copacabana, na zona sul do Rio.

"Até agora não há indícios nenhum em relação à Copa do Mundo aqui no Brasil. É precipitado a gente falar qualquer coisa. Vamos aguardar", insistiu o ministro.

Segundo Hilton, o governo tem "todo o interesse" no esclarecimento dos fatos e quer punição aos eventuais responsáveis. "O governo vai acompanhar todas as investigações, e nós queremos que seja esclarecido tudo. O governo tem todo o interesse que a verdade seja trazida à baila, e os eventuais culpados sejam punidos no rigor da lei, dentro do que a lei determina."

Apesar de dizer que irá acompanhar a apuração dos fatos, Hilton não deixou claro se o governo federal pretende conduzir uma investigação própria. "Nós queremos aguardar os fatos. É importante a gente deixar acontecerem as investigações. Como eu disse, vamos acompanhar, e o governo terá um comportamento dentro daquilo que a legislação exige e que tem que ser feito."

Questionado se o ministério do Esporte pretende agir mais diretamente na gestão do

futebol brasileiro, o ministro afirmou que isso já vem sendo feito. "O governo já fez isso, se antecipou, mandou uma proposta muito clara ao Congresso Nacional, querendo que haja - sobretudo por parte dos clubes do Brasil - a prática de boa gestão, de transparência, de fair-play, de combate à gestão temerária. Portanto, o governo faz muito bem o seu papel e a gente espera agora que o Congresso apoie essas medidas", declarou, fazendo referência à medida provisória 671, que trata do refinanciamento das dívidas.

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