Quatro suspeitos de envolvimento em morte de torcedor são soltos na Espanha
Madri - Um tribunal espanhol ordenou nesta sexta-feira a libertação de quatro suspeitos de envolvimento na morte de um torcedor de futebol em uma briga entre facções de Atlético de Madrid e La Coruña, em 30 de novembro do ano passado, antes de os dois times se enfrentarem no Estádio Vicente Calderón, na capital espanhola.
O tribunal anunciou que o juiz do caso decretou a liberação dos quatro homens da cadeia depois que "declarações de duas testemunhas provocaram mais que dúvida razoável sobre suas participações diretas nos fatos que provocaram a morte".
Francisco Javier Romero Taboada, um "ultra" (como são chamados os torcedores considerados radicais) do La Coruña, morreu em consequência dos ferimentos que sofreu após ser golpeado e lançado ao rio Manzanares, que fica nas imediações do estádio do Atlético de Madrid. Ele faleceu por conta de um forte choque cranioencefálico e também por afogamento, segundo revelou a autópsia.
Mesmo após a tragédia, o jogo entre Atlético de Madrid e La Coruña, válido pelo Campeonato Espanhol, foi disputado no dia 30 de novembro. Dois dias após a morte, o clube madrilenho anunciou uma série de medidas contra os torcedores de facções radicais do time, que foram acusados pelo ataque matou Taboada, que era conhecido como Jimmy e fazia parte do grupo de extrema esquerda Riazor Blues.
Logo após o episódio, 21 pessoas foram inicialmente presas por suspeita de envolvimento na morte, enquanto a Frente Atlético, torcida de extrema direita, deixou de ser considerada uma torcida oficial do clube - fato que teve forte impacto financeiro e organizacional sobre ela.
Várias medidas para combater a violência entre torcedores foram debatidas na Espanha após a morte do seguidor do La Coruña, que tinha 43 anos de idade.