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Rafael Marques revê Palmeiras e promete comemorar com moderação se fizer gol

Redação Folha Vitória

Dos 11 jogadores do Sport que entrarão em campo neste sábado para encarar o Palmeiras, às 19h, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, há um em especial que, certamente, não sentirá o peso de ser visitante e estará até à vontade no gramado do Allianz Parque: o atacante Rafael Marques, de volta ao palco onde, segundo o próprio, "viveu os melhores momentos na carreira".

Foi pelo clube alviverde, que defendeu do início de 2015 até maio do ano passado, que ele conquistou uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro. Mais: dos 21 gols marcados neste período, 12 foram justamente na arena, marca que faz do atacante o terceiro maior artilheiro do estádio até hoje - atrás apenas de Dudu (23) e Borja (15).

"A expectativa é a melhor possível, voltar a jogar no Allianz, onde tenho uma história bacana. Mesmo já tendo saído, ainda mantenho essa marca", diz o agora recém-chegado camisa 15 do Sport, em entrevista exclusiva ao Estado. A estreia aconteceu na rodada anterior, no empate em 1 a 1 com o Corinthians, na Arena Pernambuco.

Porém, apesar do carinho pelo ex-clube e sua torcida, Rafael Marques assumiu um novo compromisso. Diz que, tão logo seu nome foi anunciado como reforço do Sport, suas redes sociais acabaram invadidas por mensagens de boas-vindas e incentivo da galera rubro-negra. Assim, se por ventura fizer um gol nesta noite, não vai ter jeito: haverá comemoração, sim. Mas com moderação.

"Óbvio que não vai ser uma comemoração tão efusiva. Respeito a torcida do Palmeiras, como ela me respeita até hoje. Mas agora o respeito maior é pela torcida do Sport. Não seria justo eu não comemorar gol, mesmo sendo contra o Palmeiras", explica o jogador.

O período saudoso de Rafael Marques no Palmeiras não foi seu único pelo clube. Em 2004, ele jogou ao lado de São Marcos, entre outros, quando estava em início de carreira. A experiência resulta, agora, em algumas dicas de espião para o técnico do Sport, Claudinei Oliveira.

"A torcida palmeirense empolga, apoia bastante, mas, ao mesmo tempo, pode ser um ponto positivo para a gente. Se, nos primeiros minutos, conseguirmos segurar essa pressão, ela começará a ficar impaciente, os jogadores poderão se precipitar em certas jogadas. Aí, quando tivermos a posse da bola, temos de saber contra-atacar", analisa quem conhece bem a fama de "corneta" dos palestrinos.

A respeito do elenco atual do adversário, o atacante cita os perigos trazidos pelo setor ofensivo: "A gente sabe da dinâmica do ataque do Palmeiras. O Keno é muito rápido, não sei se o Dudu deve jogar (a CBF ainda não havia anunciado a liberação dos pré-inscritos para a Copa do Mundo), mas é uma equipe muito rápida na transição".

Rafael Marques, que completará 35 anos neste domingo, coleciona passagens por mais de uma dezena de clubes desde 2002, quando iniciou no Campinas. Apesar de ter ido bem no Palmeiras, sentia vontade de jogar mais vezes como titular. Por isso, em maio do ano passado, acertou sua ida ao Cruzeiro. Chegando lá, porém, as coisas não saíram bem como o planejado.

"Difícil dizer por que o Mano (Menezes) não estava me colocando. Cheguei num momento em que o clube estava focado na Copa do Brasil, e eu não podia jogar devido ao prazo de inscrições. Então, entendi muito bem, não tinha por que cobrar. Esperei 2018 começar, mas, infelizmente, as coisas não aconteceram. Quanto tive uma oportunidade como titular (contra o Patrocinense, pelo Campeonato Mineiro), joguei, fiz gol e não tive mais sequência", conta o atacante, utilizado por Mano em apenas quatro ocasiões no ano, sendo uma na formação inicial.

Agora no Sport, ele espera, enfim, ganhar a sonhada sequência como titular e voltar a balançar as redes dos rivais. Mesmo que um deles lhe traga tão doces recordações.

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