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Presidente da CBF vai aceitar decisão de clubes sobre paralisação do futebol no País

Presidente da CBF explica fatores que dificultam a paralisação do futebol brasileiro devido às chuvas no Rio Grande do Sul

Redação Folha Vitória
Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, afirmou, nesta terça-feira (14), que a entidade vai acatar a futura decisão dos clubes em relação à paralisação do futebol Brasileiro por causa das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. No entanto, o dirigente alertou que a ação pode ser prejudicial para o calendário do futebol nacional.

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"Temos um calendário difícil e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil", disse Ednaldo, em Bangkok, na Tailândia, em entrevista ao site GE.

O presidente da CBF ressaltou que a decisão será tomada na reunião extraordinária marcada para o dia 27 de maio, que contará com a presença de presidentes dos 20 times do Brasileirão.

O dirigente reiterou solidariedade aos cidadãos do Rio Grande do Sul e reforçou que a democracia vai prevalecer. "Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos", afirmou Ednaldo, que completou: "Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário (aos clubes) porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes".

Dos times da Série A do Brasileiro, Bahia, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vitória/BA ainda não se posicionaram oficialmente sobre o assunto. O governo federal, por meio do Ministério do Esporte, também pediu à CBF que o torneio fosse paralisado em meio à tragédia climática gaúcha.

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FATORES LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO

Ednaldo Rodrigues pontuou que outros fatores devem ser levados em consideração para a tomada de decisão.

"Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota, dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol", afirmou o presidente da CBF.

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril deixaram o estado inundado e milhões de cidadãos foram afetados. Segundo a Defesa Civil, o número de mortos passa de 140 e há mais de 120 pessoas desaparecidas. Além disso, mais de 800 estão feridas.

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