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Dupla de ataque do Chile é a aposta contra a Austrália

Belo Horizonte - Eduardo Vargas e Alexis Sánchez são uma boa dupla de ataque, à altura daquela formada por Salas e Zamorano, e dão esperança ao Chile, que estreia nesta sexta-feira contra a Austrália, às 19 horas (de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá. A seleção sul-americana sonha com voos mais altos no Mundial - apesar do difícil grupo com Espanha e Holanda.

O técnico Jorge Sampaoli, adepto do mistério, não permitiu que a imprensa assistisse seus treinos mais importantes. Mas não é segredo nenhum que ele arma o Chile ancorado nesses dois atacantes rápidos e goleadores. Vargas tem 24 anos, 14 gols pela seleção chilena (em 30 jogos) e atua no Valencia, da Espanha. Aos 25 anos, Sánchez soma 22 gols (em 67 jogos) e é parceiro de Neymar no Barcelona. Em comum, o estilo de jogo: são velozes e jogam pelas pontas. Sánchez é mais driblador.

Sampaoli põe à prova um sistema com um "falso nove", sem atacante fixo. No penúltimo amistoso de preparação para a Copa, contra o Egito, a dupla funcionou e mostrou que está entrosada. Em duas jogadas de Sánchez, Vargas marcou dois gols na vitória por 3 a 2.

Caberá ao meia Valdivia, ídolo do Palmeiras e camisa 10 da seleção, fazer a ligação entre o meio de campo e o ataque. Mas o time montado por Sampaoli pode ter dificuldade caso Arturo Vidal não jogue ou entre em campo sem estar 100%.

O volante da Juventus se recupera de uma lesão no joelho direito e sua participação no Mundial é o grande assunto do Chile. Sem ele, o time perde chegada ao ataque porque Vidal tem uma função parecida com a de Paulinho, segundo volante de Felipão. Ele participou de um treino leve nesta quinta em Belo Horizonte, na Toca da Raposa II, CT do Cruzeiro, antes de seleção chilena viajar a Cuiabá.

O Chile não pode falhar na sua estreia contra a Austrália na Arena Pantanal. No planejamento feito pelo treinador, os três pontos são a única maneira de o time ganhar fôlego para brigar de igual para o igual contra Espanha e Holanda, os outros rivais do grupo B.

A ordem, no entanto, é não subestimar o rival da estreia. "A Austrália será um adversário difícil e perigoso, mas estamos muito tranquilos do que precisamos fazer", disse o goleiro e capitão da seleção Claudio Bravo.

Para o zagueiro Gary Medel, o Chile pode ir longe, desbancando na primeira fase Espanha ou Holanda. "Nossa equipe está mais madura, queremos chegar à semifinal, final, ser campeão, temos uma boa equipe e sabemos o que temos fazer".

FRANCO-ATIRADOR - Os australianos, em tese, são franco-atiradores. Não têm a pressão para se classificar. O experiente atacante Tim Cahill, do New York Red Bulls (Estados Unidos), falou que seu time deve ser ofensivo diante do Chile. Mas a verdade é que a equipe do grego Ange Postecoglou deve jogar defensivamente, para perder de pouco ou empatar.

Nos amistosos que fez antes da Copa, a defesa da Austrália foi muito questionada. Só foi "bem" no último ensaio, contra a Croácia - perdeu apenas de 1 a 0. O treinador tampouco revelou o time que vai encarar o Chile. Ange Postecoglou tinha dúvidas para escalar a equipe. O meia Mark Bresciano, que estava com dores nas costas, era um dos problemas. Bresciano é um dos jogadores mais experientes da equipe. Aos 34 anos, disse que, se depender dele, joga a estreia.

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