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Thomaz Koch lamenta morte de Maria Esther Bueno: 'Foi muito importante para mim'

Redação Folha Vitória

A morte de Maria Esther Bueno, aos 78 anos, nesta sexta-feira, em São Paulo, foi muito sentida por alguns amigos. O também ex-tenista Thomaz Koch lamentou bastante a perda da "Bailarina", como a maior atleta do País na modalidade em todos os tempos era conhecida.

"Ela foi muito importante para mim porque quando eu era juvenil, ela já era um ídolo nacional e internacional, ganhando Wimbledon e US Open. E isso me deu muita motivação para jogar. Fiquei muito feliz por ela ter jogado duplas mistas comigo. Jogamos em Roland Garros, torneios aqui no Brasil, convivemos muito nessa época", revelou Thomaz Koch.

O ex-tenista fica um pouco chateado pelo pouco reconhecimento no Brasil por tudo o que Maria Esther Bueno fez pelo tênis. "Ela deveria ser bem mais reconhecida no Brasil, assim como foi na Inglaterra, Estados Unidos, por toda a Europa. Ela era venerada lá. E aqui passou um pouco por cima. Mas eu acho que ultimamente o pessoal tem dado maior valor a ela", disse.

"Foi uma desbravadora, principalmente pela época em que começou. Se já é difícil hoje em dia, antes era muito mais. Acho que o reinado dela foi muito mal aproveitado, assim como aconteceu com o Guga (Kuerten). Eu acho que poderia ter sido melhor, poderiam ter levantado muito mais a bola dela. Mas é claro que, na época, jogava na Europa, sem a presença da mídia, não tinha TV. Havia muitas barreiras", completou.

Quem também lamentou a morte foi Luiz Fernando Carvalho, mais conhecido por Lui, diretor do Rio Open. Foi no ATP 500 na capital carioca, em fevereiro deste ano, que Maria Esther Bueno fez a sua última aparição pública. "A palavra que define a Maria Esther Bueno é pioneira. Uma mulher que decide virar tenista, nas décadas de 40 e 50, viajando para a Europa, passando meses lá. Muitas dificuldades envolvidas", afirmou.

"Eu e ela temos uma relação antiga, também por acusa do (clube) Harmonia. Jogávamos muito, batíamos bola desde que eu era juvenil. Fui próximo dela. No Rio Open, a gente se aproximou mais, ela até foi homenageada no primeiro ano. Esteve em todas as edições. Inclusive neste ano. Sempre foi muito ativa na competição, jogou bola com cadeirantes, foi na foto oficial do pessoal que trabalha. Ia todos os dias no Jockey Club. Mesmo tendo maior cuidado com ela, tentando poupá-la, ela ia em tudo. Tinha um grande carinho pelo Rio Open", disse Lui.

NOTA DE PESAR - Além de amigos, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) manifestou pesar pela morte de Maria Esther Bueno. "Hoje (sexta-feira) o Brasil perdeu um dos seus maiores ícones esportivos de todos os tempos. Dona de incríveis 19 títulos de Grand Slams, entre simples e duplas, e uma exímia representante de nosso país. Sem dúvidas, Maria Esther Bueno foi o maior nome do tênis brasileiro. O nosso esporte está em luto", lamentou o presidente da CBT, Rafael Westrupp.

A diretoria de Esportes do Grupo Globo, para quem a ex-tenista trabalhava como comentarista no SporTV, ressaltou a importância de Maria Esther Bueno. "Agradecemos fortemente por todo o legado que ela deixa para o esporte em nosso país e por tudo que nos ensinou nesse anos de convivência e parceria", afirmou em uma nota oficial.

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