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Kasper Schmeichel diz que foi 'lindo falar com Eriksen' e faz críticas à Uefa

Além de Schmeichel, o atacante Martin Braithwaite, do Barcelona, também mostrou insatisfação com a entidade

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/ Twitter

Um dos líderes do elenco da seleção da Dinamarca, o goleiro Kasper Schmeichel foi um dos primeiros jogadores a visitar o meia Christian Eriksen no hospital, em Copenhague, após o desmaio em campo na partida contra a Finlândia, no último sábado, pela estreia na Eurocopa. O atleta da Internazionale segue internado, em situação clínica estável, para a realização de exames médicos mais detalhados para entender as razões do mal súbito ocorrido no final do primeiro tempo do jogo.

"Foi lindo falar com Eriksen", disse Schmeichel, que fez duras críticas à Uefa por ter determinado a continuação da partida algumas horas depois do ocorrido em campo com o meia. "Nos colocaram em uma posição em que sinto que não deveriam ter nos colocado. Exigia que alguém mais acima dissesse que não era o momento de tomar decisões", admitiu o goleiro do Leicester City.

Além de Schmeichel, o atacante Martin Braithwaite, do Barcelona, criticou a Uefa. "Não era o momento para jogar futebol", afirmou o jogador, que revelou que Eriksen enviou uma mensagem de vídeo aos seus companheiros de seleção, pedindo que se concentrem nos jogos que faltam na fase de grupos da Eurocopa - contra Bélgica e Rússia.

Já o ex-goleiro Peter Schmeichel, pai de Kasper, revelou à TV inglesa BBC que o filho procurou tranquilizar a mulher de Ericksen, Sabrina Kvist Jensen, assim que a viu entrar em campo. O arqueiro da seleção correu em direção a ela e lhe disse-lhe que Christian estava respirando.

"Dá para ver a reação da... o meu filho Kasper correu em direção a ela, obviamente falei com ele. Ele correu na direção dela para lhe dizer que o Christian estava respirando porque ela pensou que ele tinha morrido. Depois ele voltou para trás, para confirmar se o que lhe tinha dito ainda se mantinha", revelou Peter.

Schmeichel, de 57 anos, considerou "ridícula" a decisão da Uefa de retomar o jogo. "Uma coisa terrível destas acontece e a Uefa dá aos jogadores a opção de voltarem ao campo para os últimos 55 minutos ou voltar ao meio dia do dia seguinte, mas que opção é esta?", questionou.

O ex-goleiro acrescentou que o resultado - derrota por 1 a 0 - deixou de ter importância. "Foi ridículo e o resultado do jogo é completamente irrelevante, para ser honesto. Os jogadores só jogavam se o Christian estivesse bem, mas foi muito, mas muito difícil e não entendo a decisão. O jogo se tornou irrelevante, como podiam eles jogar?"

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