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Ascensão de Weverton põe em xeque futuro de Prass e Jailson no Palmeiras

Redação Folha Vitória

A volta das competições oficiais depois do fim da Copa do Mundo decretou uma grande reviravolta entre os goleiros do Palmeiras. Antes terceira opção para a posição, Weverton se firmou como titular do time e agora coloca em xeque o futuro no clube dos dois antigos donos da posição, Jailson e Fernando Prass.

A ascensão do reserva ao posto de principal goleiro coincide com um período complicado para os dois colegas. Neste mês, Jailson completou 37 anos e Prass fez 40. Ambos entraram em fase final de contrato com o Palmeiras. A veterana dupla tem vínculo válido até o fim da temporada e já pode, portanto, assinar um acordo prévio com outra equipe e sair livremente, se assim desejar.

A situação dos dois está indefinida no momento. Em entrevista em maio ao Fox Sports, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, mencionou o plano de iniciar conversas para renovar com Jailson. Porém, os contatos ainda não começaram. O clube entende não ser necessário ter pressa para cuidar do assunto e considera como prioridade no momento a disputa das competições.

No caso de Prass, a continuidade no clube parece mais difícil. No ano passado, o goleiro passou pela mesma situação de suspense. O contrato estava no fim, a negociação demorou para ter um desfecho e somente em novembro o acordo acabou selado. O vínculo foi esticado por um ano.

Ídolos da torcida, Jailson e Prass são queridos no clube por colegas e funcionários. Os dois demonstraram em ocasiões anteriores profissionalismo para aceitar a condição de reserva sem reclamar. A postura levou inclusive o técnico Roger Machado a abrir rodízios pontuais no gol, algo incomum para a posição. Prass, por exemplo, foi titular e defendeu até pênalti em jogo da Copa Libertadores contra o Junior Barranquilla. Jailson havia ganhado descanso naquela noite.

A disputa acirrada no gol mexeu com o Palmeiras desde o começo do ano. Contratado por cinco anos, Weverton começou os treinos de pré-temporada como titular para depois dar lugar a Jailson, escolhido como o dono da posição, com Prass como o segundo reserva.

A hierarquia teve alterações recentemente. Weverton ganhou espaço nos amistosos de intertemporada na América Central ao ser escolhido como titular enquanto Prass estava machucado. Isso faz o ex-goleiro do Atlético-PR ter atuado sete vezes no ano ante quatro participações de Prass. Jailson jogou 34 vezes.

"Tenho três goleiros em alto nível, o que me deixa tranquilo para iniciar os jogos. Weverton vai ter a sequência dele, como o Jailson teve", explicou Roger nos últimos dias. "São dois goleiros que também têm totais condições de jogar, já fizeram história e mostraram potencial no clube. Só por aí já dá para ver o tamanho da minha responsabilidade", comentou Weverton sobre os concorrentes.

A evolução de Weverton deixa a diretoria satisfeita por cumprir o plano de transformá-lo no titular. O jogador foi contratado para receber essa função e ser preparado para assumir a vaga dos dois outros colegas, já veteranos. O Palmeiras inclusive pagou R$ 2 milhões para ter o reforço quatro meses antes do fim do vínculo com o Atlético Paranaense.

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