Esportes

Atleta de Guarapari é promessa no Downhill

Com vários títulos conquistados, o rapaz se prepara para competir na cidade em outubro deste ano.

Carolina Brasil

Redação Folha da Cidade
Rodrigo mostra os troféus conquistados ao longo dos cinco anos dedicados ao esporte.

Dizem que para desempenhar um bom trabalho, o amor é fundamental. Sendo assim, se depender disso, o futuro de Rodrigo Vilela Gonçalves, de 18 anos, no esporte está garantido. Isso porque podemos incluir a dedicação dele e o apoio da família. “A preocupação de pai, em ver no que no filho está se envolvendo, me aproximou do esporte. Hoje eu o acompanho e dedico parte do meu tempo na organização e no apoio de competições”, contou Luciano Paixão Gonçalves, motoboy e morador do Una, em Guarapari.

Há cinco anos Rodrigo conheceu o esporte e já começou a competir como atleta amador. Ao longo desse tempo apresentou bons resultados, conquistou títulos, a maioria deles em competições regionais, e participou de um Brasileiro, em 2015, disputado na cidade mineira de Ipatinga, conquistando a 9ª colocação. “Eu acredito que o esporte pode mudar qualquer coisa, qualquer realidade. Além disso, tem a adrenalina, a relação com outras pessoas e o contato com a natureza”, destacou Rodrigo. Tudo isso, alimenta o sonho dele de se tornar um profissional do esporte. Enquanto isso não acontece, o rapaz divide o tempo com estudos, trabalho, família e o grupo de jovens da igreja da qual faz parte. Para ele, o plano B é se tornar engenheiro mecânico, curso que ele se prepara para encarar na prova do vestibular.

Morro abaixo e com uma bike, o Downhill consiste em descer o mais rápido possível um determinado percurso com diversas irregularidades e obstáculos – naturais ou montados. Nesse esporte, cair faz parte e com Rodrigo não é diferente. Por sorte (e habilidade) nunca se machucou com gravidade, mas dois episódios já levantaram o sinal de alerta do jovem. “Uma vez eu tive o pulso perfurado e em outra machuquei bem o joelho, foi uma pancada forte”, lembrou. Uma prática radical que exige equipamentos de segurança, como capacete, joelheira, cotoveleira e colete, por exemplo. Isso sem contar que a bicicleta deve ter características bem específicas – suspensão traseira e dianteira, pneus mais largos, freios mais rígidos e uma estrutura reforçada.

O atleta em ação durante uma das competições disputadas este ano. | Foto: Rogério Ximiti

Mas nem tudo são flores, pai e filho contam que faltam iniciativas para promover o esporte no Estado, competições amadoras e um ranking para estimular os atletas. Eles fazem parte da Liga Capixaba de Downhill, entidade independente criada como opção para suprir essa necessidade. “Parece simples, já que o esporte utiliza o meio natural, o ar livre. Mas organizar uma competição é complexo, exige muitos aspectos que envolvem a segurança, principalmente”, relatou Luciano.

Liga Capixaba de Downhill 2018

E graças ao empenho dessa dupla, Guarapari receberá a 5ª etapa da competição deste ano, nos dias 20 e 21 de outubro. A comunidade rural de Boa Esperança ganhará radicalidade com a participação de 150 atletas e cerca de duas mil pessoas, expectativas para os dois dias de evento. “Teremos atletas de todo o Brasil, principalmente da região sudeste. Além de divulgar o esporte, estamos promovendo a cidade. Hoje, graças a Deus, nós já demos um pontapé inicial na realização da prova, mas toda ajuda é bem-vinda, empresas e pessoas que quiserem apoiar é só nos procurar”, sugere Luciano, que está a frente da organização por aqui.

Antes disso, Colatina será o palco da 4ª etapa, nos dias 01 e 02 de setembro. Nas três etapas que já aconteceram este ano, o atleta de Guarapari garantiu o quarto e o primeiro lugares. Hoje ele está na 2ª posição do ranking da entidade na categoria Júnior, com 63 pontos.

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