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Chulapa vê injustiça em revés do Santos e diz não ligar para as vaias da torcida

Redação Folha Vitória

O técnico interino do Santos, Serginho Chulapa, considerou injusta a derrota por 1 a 0 para o América Mineiro na noite deste domingo, na Vila Belmiro, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. A grande produção ofensiva do time alvinegro e o pênalti polêmico que originou o gol do adversário mineiro embasaram a opinião do treinador.

"O América veio jogar por uma bola, teve um pênalti duvidoso. Não quero entrar no mérito. Tivemos chances, mas não tivemos competência para empatar. É um resultado injusto, mas não podemos lamentar", disse Chulapa, em entrevista coletiva após o jogo. "Gostei do empenho do Santos. Criamos bastante, mas não fizemos. Foi um resultado injusto, mas fazer o quê?", completou.

Apesar de elogiar o desempenho do time, o técnico interino pediu reforços à diretoria, que trouxe recentemente os meias Carlos Sánchez e Bryan Ruiz (ambos ainda não estrearam). Segundo Chulapa, a equipe sente falta de um camisa 9, que pode melhorar o rendimento de Gabriel, vaiado pela torcida ao ser substituído na partida.

"Falta o 9. Não tenho a menor dúvida. Tem de ter reforços. É isso que a gente aguarda", reconheceu. "O Gabigol não é centroavante. Tem de vir de trás, pelas pontas. Quando ele tiver um centroavante de referência, vai melhorar", continuou o comandante.

Assim como Gabriel, o treinador, no seu segundo jogo à frente do Santos, também sentiu o peso das vaias. O motivo foi a escolha por Jean Mota para entrar no lugar de Diego Pituca no segundo tempo. Ele, porém, diz não ligar para as críticas dos torcedores e explicou a substituição.

"Não ligo para as vaias. Nunca fui burro. O Pituca estava meio esgotado, Jean entrou bem. Não se pode satisfazer todo mundo. Fiz a substituição com a maior certeza", explicou.

Na partida, que virou ataque contra defesa especialmente no segundo tempo, o Santos teve inúmeras chances para, no mínimo, sair com o empate de campo. Foram 31 finalizações contra 2 do adversário. Na oportunidade mais clara, o jovem Yuri Alberto ficou sozinho com o gol à sua frente mas chutou torto, para fora e perdeu o gol de maneira inacreditável.

Chulapa não acredita que o atacante tenha saído queimado pelo lance. "Não acredito (que Yuri Alberto tenha saído queimado). Tem 17 anos, tem personalidade. Faz parte. Poderia ter feito o gol. Entrou, tentou fazer o melhor, mas infelizmente não deu", lamentou.

Nesta temporada, o Santos perdeu a força que tradicionalmente se acostumou a mostrar na Vila Belmiro. No Brasileirão, em cinco jogos no estádio, o time alvinegro não tem um desempenho tão bom: duas vitórias, duas derrotas e um empate. Mau retrospecto que Chulapa não sabe explicar por que existe.

"Eu me pergunto também. O Santos, mesmo na pior situação, sempre era difícil perder aqui. Joguei oito anos e, se perdi três vezes, foi muito. Temos que voltar a aproveitar a Vila Belmiro. Tem que voltar a ser nosso alçapão e começar a ganhar. Os caras têm que vir com receio e temos que ganhar para as coisas caminharem normalmente", falou.

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