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Jejum de gols e chegada de reforços ameaçam titularidade de Sasha no Santos

Redação Folha Vitória

A titularidade de Eduardo Sasha no Santos está ameaçada. Destaque do time no início do ano, quando chegou ao clube cedido por empréstimo pelo Internacional, o atacante caiu de rendimento posteriormente e verá nos próximos dias o acirramento da disputa por vagas no setor ofensivo da equipe.

Cedido por empréstimo pelo Inter, Sasha conquistou praticamente imediatamente a titularidade no Santos. O atacante participou de 33 dos 38 jogos oficiais do time na temporada, só tendo atuado menos vezes do que o goleiro Vanderlei - 37 - e estando igualado ao polivalente meia Jean Mota. Além disso, foi titular em 28 oportunidades, só saindo do banco de reservas em cinco oportunidades, o que inclui os seus três primeiros jogos pelo clube.

Esse status de titular tem relação direta com as boas atuações de Sasha no início da sua passagem pelo Santos. O atacante marcou seis gols nas suas 16 primeiras partidas pelo clube, desempenho que levou a diretoria a acelerar as negociações com o Internacional para contratá-lo em definitivo.

E embora Sasha estivesse emprestado ao Santos até o final de 2018, já em abril o clube fechou um acordo com a direção do clube gaúcho, passando a ser detentor dos direitos do jogador, em negociação que envolveu a ida de Zeca para o Inter, o que também resolveu o impasse jurídico envolvendo o lateral.

Só que Sasha não conseguiu manter a mesma produção ofensiva pelo Santos nas últimas semanas. O atacante fez o seu último gol pelo clube em 27 de março, no triunfo por 2 a 1 sobre o Palmeiras, pelas semifinais do Campeonato Paulista. Depois disso, entrou em campo mais 17 vezes, sendo 16 delas como titular, mas não marcou nenhum gol.

O jejum de Sasha tem relação com as maiores obrigações defensivas do jogador, especialmente quando o Santos atua com quatro atacantes - os outros costumam ser Gabriel, Rodrygo e Bruno Henrique -, ao menos na avaliação do lateral-esquerdo Dodô.

"Atacante gosta de fazer gols. Conheço o Sasha há dez anos. Ele jogava de volante na seleção de base, porque o time tinha Neymar e Coutinho. Ele é muito versátil e isso dificulta a fazer gols. Ele tem sido sacrificado para nos ajudar", afirmou, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé.

Além do jejum de gols, a chegada de reforços deve ameaçar a titularidade de Sasha, que foi substituído em cinco dos últimos seis jogos do Santos. Afinal, recentemente chegaram ao clube o costarriquenho Bryan Ruiz e o uruguaio Carlos Sánchez, reforços que chegam com o status de terem participado da Copa do Mundo na Rússia.

O uruguaio, inclusive, ainda nem começou a treinar no Santos. Mas Ruiz tem trabalhado no CT Rei Pelé, tendo participado na última sexta-feira de atividade tática em campo reduzido. Visto como opção para resolver a carência de um camisa 10, deve levar o futuro técnico do Santos a desistir da opção de escalar um quarteto ofensivo quando estiver regularizado. E Sasha desponta como principal ameaçado.

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