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Técnico são-paulino lamenta chance perdida de 'matar jogo': 'Quem não faz toma'

São Paulo saiu na frente, mas Grêmio conseguiu a virada. Tricolor paulista segue na vice-liderança com dois pontos atrás do líder Flamengo

Redação Folha Vitória

O técnico do São Paulo, Diego Aguirre, não escondeu a frustração por um lance que poderia ter mudado o resultado do jogo e, no mínimo, evitado a derrota de virada para o Grêmio, por 2 a 1, na noite desta quinta-feira, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro.

Aos 45 minutos do primeiro tempo, Rojas achou Diego Souza na direita. O camisa 9 invadiu a área e demorou a decidir se batia no gol ou se cruzava para Nenê, que entrava pelo meio da área. Ao optar pelo "chuveirinho", atrasou ainda mais a jogada. Quando Nenê finalizou de primeira, já sem Marcelo Grohe à frente, o zagueiro Kannemann deu um carrinho salvador e evitou o que seria o gol do 2 a 0 são-paulino. No lance seguinte, Everton empatou para os donos da casa.

"Tivemos uma situação para matar o jogo, ou, ao menos, fazer 2 a 0 e, aí, tomamos no lance seguinte o gol. Isso nos desestabilizou um pouco. Mas temos que continuar, estamos em uma boa posição, lutando para estarmos nos primeiros lugares. Não dá tempo de lamentar muito, pois domingo já tem jogo", afirmou, referindo-se ao duelo com o Cruzeiro, às 16 horas, no Mineirão, pela 16ª rodada. "Mas futebol é assim: quem não faz toma", completou.

O uruguaio reconheceu, em sua análise da partida, que faltou à sua equipe ficar mais com a bola nos pés - o jogo terminou com vantagem gremista de 64% a 36%, mas, em determinado momento do primeiro tempo, o adversário chegou a ter quase 80% de posse.

"A posse de bola não é algo que necessariamente marca uma superioridade. Na Copa do Mundo a França foi campeã e todos times tinham mais posse de bola que eles. É verdade que perdemos a bola muito rápido às vezes e não deu para controlar mais o jogo."

Na visão de Diego Souza, autor do gol são-paulino, o time cometeu um erro que não vinha acontecendo até então. "Nossa equipe deu espaços, coisa que não costuma dar. Mas é normal aqui, um jogo muito difícil, o Grêmio é candidato (ao título). É normal vir aqui e ter um resultado negativo", ponderou o camisa 9, que chegou a nove gols na temporada, um a menos do que Nenê, artilheiro do São Paulo com dez.