Esportes

Clubes italianos confirmam apoio a alvo de escândalo

Redação Folha Vitória

Roma - A Lega Pro, que organiza as duas primeiras divisões do Campeonato Italiano, reafirmou, nesta segunda-feira, em assembleia, o seu apoio à candidatura de Carlo Tavecchio à presidência da Federação Italiana de Futebol (FIGC), vaga desde que Giancarlo Abete renunciou ao cargo após a eliminação da Itália ainda na primeira fase da Copa do Mundo deste ano.

Há 10 dias,, Tavecchio, um dos vice-presidentes da FIGC, se tornou protagonista de uma grande polêmica no país. Ao ser questionado sobre a presença de jogadores estrangeiros na Itália, o dirigente disse: "Na Inglaterra, eles escolhem os jogadores com base no profissionalismo, enquanto dizemos que 'Opti Poba' está aqui. Ele estava comendo bananas antes e agora está como titular da Lazio e tudo bem".

O dirigente estaria fazendo uma referência ao camaronês Joseph Minala, que chamou a atenção na última temporada ao ser contratado pela Lazio e aparentar ter muito mais que os 17 anos relatado por ele. Após uma investigação, no entanto, a Federação Italiana constatou que o jogador falava a verdade.

A forma como Tavecchio se referiu aos jogadores do exterior, em especial supostamente a Minala, gerou revolta na Itália e os pedidos para que ele deixe a eleição da FIGC ganharam força. Principal jornal esportivo do país, o Gazzetta dello Sport escreveu um editorial requisitando a desistência de Tavecchio.

Nada abala a posição dos clubes, porém. "Não houve nessa assembleia nada que pudesse mudar a posição da nossa sociedade, que já havia expressado que seu apoio à candidatura de Tavecchio", disse Mario Macalli, presidente da Lega Pro.

O grupo tem direito a 60 delegados na eleição da próxima segunda-feira, equivalente a 17% do universo eleitoral, e espera poucas deserções. "Somos a favor dos fatos, não das palavras", disse Claudio Lotito, presidente da Lazio, numa declaração que reflete a posição de muitos dos presidentes de clubes da Itália.

Os jogadores da seleção, porém, são absolutamente contra a escolha por Tavecchio. Chiellini e De Rossi, dois "senadores" da seleção italiana (como são chamados os veteranos do grupo) já se posicionaram radicalmente contra o vice-presidente da FIGC e a favor de Demétrio Albertini. O ex-meia, coordenador de seleções, tem o apoio dos jogadores, mas é considerado muito cru pelos dirigentes.

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