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Atletas das seleções brasileiras de vôlei devem desfalcar cerimônia de abertura

Redação Folha Vitória

Rio -

Um dos momentos mais aguardados da Olimpíada, a entrada das delegações na cerimônia de abertura, nesta sexta-feira, no Maracanã, terá desfalques importantes na delegação brasileira. Concentradas para a estreia na manhã de sábado, as jogadoras de vôlei da seleção nacional já descartaram a participação. Já a seleção masculina, que estreia no domingo, ainda tem dúvidas se irá ou não ao grande evento. O técnico Bernardinho disse que não vai impedir a participação, mas teme desgastes dos atletas.

Marcada para as 20h, a cerimônia tem duração prevista de 3h30. A preocupação do treinador é com o desgaste dos jogadores no evento, contando o deslocamento da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, até o Maracanã, na zona norte. Segundo Bernardinho, a previsão é a de que os atletas deixem a concentração às 17h e só retornem às 2h.

"Me preocupa muito a dinâmica da coisa, quem já foi sabe quão cansativo é. Não vou obrigar ninguém a não ir, já fui jogador. Eles têm que ter consciência do que é importante. Não gostaria que fossem, mas vou entender se forem", afirmou Bernardinho, que em mais de 30 anos de carreira como jogador e técnico só participou de uma cerimônia, nos Jogos de Moscou, em 1980. "São adultos que vão tomar decisões que sejam corretas para o que nos propomos. No sábado temos que treinar bem", completou o técnico, no habitual tom de seriedade.

Apesar da recomendação, os jogadores ainda estão divididos. Em sua quarta Olimpíada, o líbero Serginho indicou que não deve participar da cerimônia. "Os parafusos no meu corpo não aguentam", brincou o veterano da equipe. Serginho foi cotado para ser porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia, mas indicou que a participação seria um desafio. "Em Pequim, cheguei a deitar no gramado durante a cerimônia. Até jogamos baralho", ironizou.

O levantador William, reserva da seleção, diz que vai aguardar uma definição do técnico. "Quero muito, fui o primeiro a levantar o dedo quando falaram quem queria ir. Acho que o principal é o primeiro jogo, mas como não é logo após a abertura... Se o Bernardo der uma brecha, vou", indicou o jogador, que participa pela primeira vez de uma Olimpíada.

Também estreante, o oposto Evandro indicou que, em função de algumas dores no corpo, não definiu a participação. "Tem um ou outro jogador que tem dorzinha a mais, e talvez seja melhor descansar um pouco mais. A gente tem dor no corpo inteiro, meu joelho estava incomodando. Uma semana é o joelho, outra é nas costas. É assim que funciona", completou.

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