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Para Morten, Brasil entrou na 'área VIP' do handebol internacional

Redação Folha Vitória

Morten Soubak -

Sete anos depois de chegar ao comando da seleção, Morten Soubak não tem mais receio de assegurar: o Brasil está na elite do handebol feminino. Às vésperas da estreia na Olimpíada do Rio, o treinador dinamarquês acredita que, ao menos no alto rendimento, o País já não deve nada às principais potências.

"Somos tão competitivos que podemos brigar contra as melhores do mundo pela medalha. Na Olimpíada ninguém pode garantir que vai acabar no pódio. Tem muitas equipes que estão no mesmo nível. Antes tinha grupo 1, grupo 2 e grupo 3. Não tem mais. Agora é tudo igual", avalia.

Não que as potências - Rússia, França, Dinamarca, Alemanha e Noruega - tenham andado para trás. O Brasil é que caminhou para frente, acompanhado, entre outras, da Holanda, com quem empatou por 23 a 23, neste domingo, em amistoso disputado na Urca, no Rio.

"São as duas equipes que não estavam na área VIP e agora entraram. As duas equipes realmente cresceram nos últimos anos. Assim como eu, o treinador delas também está desde 2009, faz um trabalho longo", comenta Morten, já de olho na partida de estreia na Olimpíada, contra a Noruega, no sábado.

A escolha por fazer dois amistosos contra a Holanda - o primeiro, na quinta, foi vencido pelo Brasil -, tem a ver exatamente com o primeiro jogo no Rio-2016. Atuais vice-campeãs mundiais, holandesas, de acordo com o treinador, têm estilo de jogo muito parecido com o norueguês.

"Nós viemos em uma evolução grande no ciclo olímpico, desde 2012, assim como a Holanda. Ela é uma das grandes favoritas, junto com o Brasil. A gente se coloca dentro desse hall também."