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Bruno Alves tenta recuperar espaço e diz que São Paulo está com pés no chão

Em conversa com o Estado, o jogador adota discurso humilde e vê a disputa no setor como positiva para o time

Redação Folha Vitória

Os quase 12 meses do zagueiro Bruno Alves no São Paulo foram como uma montanha-russa. Viu a agonia de lutar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2017 e, agora, observa a tranquilidade de quem superou instabilidades e briga pelo título nacional. Pessoalmente, estreou em alta, com gol, mas precisou mostrar serviço e levou tempo para superar a concorrência do setor e ganhar espaço. Ganhou a confiança de Diego Aguirre e era visto como titular absoluto da zaga até a parada para a Copa. Mas os testes de Aguirre custaram seu espaço.

Agora, depois de três jogos no banco, tem nova chance de sequência como titular. Ele jogou contra o Cruzeiro, quando Arboleda cumpriu suspensão, e deve atuar contra o Vasco, na ausência de Anderson Martins, também suspenso.

Em conversa com o Estado, o jogador adota discurso humilde e vê a disputa no setor como positiva para o time. "É difícil chegar num clube do tamanho do São Paulo, conhecido mundialmente. Estou muito feliz aqui. Procuro fazer bons jogos, ajudar, e isso está acontecendo. Trabalho com humildade e persistência para colher os frutos. A disputa por vaga no time é sadia. Nos respeitamos muito e quem o Aguirre escolher dará conta do recado. Quem ganha é o São Paulo."

Para o zagueiro, um dos "segredos" de Aguirre para o bom momento foram os ajustes no sistema defensivo da equipe. Junto com o líder Flamengo, o São Paulo, segundo colocado, é quem menos perdeu no Brasileirão - foram duas derrotas em 16 jogos. "Desde que chegou, ele pediu bastante intensidade de quem fosse jogar. E hoje vemos jogadores como Diego Souza e Nenê saindo de suas características para ajudarem a marcar. Everton e Rojas atuando pelas laterais até o fim. O segredo é a entrega de todos. Assim, a defesa vai bem."

O jogador diz que o São Paulo superou os tropeços de temporadas passadas, amadureceu e agora mantém "pés no chão" por títulos. "Sabíamos na parada (para a Copa) que a reta final do 1.º turno seria difícil. Então tratamos cada jogo como uma decisão. Trabalhando com pés no chão e humildade atrás de nossos objetivos. Estamos mais maduros. Quando passamos por dificuldades, vem o aprendizado. Estamos ainda mais unidos e as coisas estão fluindo melhor e agora. É manter assim para colhermos os frutos."