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Recuperado de doença, Hamilton diz que 'dormiu 3 dias' e exibe confiança para GP

Por causa de uma dor de garganta, o inglês da Mercedes quase ficou fora do treino classificatório para o grid, no qual mesmo assim o piloto cravou a pole

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

Antes de terminar o GP da Alemanha de Fórmula 1 com um decepcionante nono lugar, posto que ele só garantiu por causa da punição aplicada à dupla da Alfa Romeo formada pelo finlandês Kimi Raikkonen e o italiano Antonio Giovinazzi, Lewis Hamilton sofreu com um quadro de saúde desfavorável desde o dia anterior à prova realizada no último domingo em Hockenheim.

Nesta quinta-feira, em Budapeste, palco do GP da Hungria, o britânico revelou que está quase totalmente recuperado da doença depois de ter descansado bastante no início desta semana. "Eu dormi literalmente os últimos três dias, então me sinto muito melhor", afirmou o pentacampeão mundial, que exibiu confiança na possibilidade de poder triunfar na prova que será realizada neste domingo, a partir das 10h10 (de Brasília), no circuito de Hungaroring.

Hamilton disse que a Mercedes promoveu atualizações nos seus carros para a corrida na Hungria e acredita que para os treinos desta sexta e de sábado, assim como na corrida, ele e o finlandês Valtteri Bottas, o seu companheiro de equipe, deverão ter um "melhor entendimento" sobre o comportamento do modelo W10. "Eu definitivamente espero que o carro esteja melhor neste final de semana", destacou.

O inglês chegou a reconhecer nesta quinta-feira que "ainda sente que precisa de um pouco mais de descanso", mas enfatizou que "definitivamente se sente muito, muito melhor" depois de ter pilotado fora de suas condições ideais na Alemanha. "Estou ansioso para voltar para dentro do carro, o que é completamente diferente de como eu estava me sentindo da última vez, na última quinta-feira e particularmente na sexta, quando entrar no carro não foi uma sensação boa", lembrou.

No domingo passado, Hamilton cruzou a linha de chegada em 11º lugar em Hockenheim, mas conseguiu somar mais dois pontos por ter herdado a nona posição. Com isso, ele aumentou um pouquinho mais a diferença na liderança em relação a Bottas, atual segundo colocado do Mundial, que acabou abandonando o GP da Alemanha ao sofrer um acidente. O inglês tem 225 pontos, enquanto o finlandês está com 184.

FERRARI - Segundo colocado nesta última prova realizada em seu país, Sebastian Vettel, da Ferrari, projetou de forma cautelosa as possibilidades de sua equipe para a prova na Hungria ao lembrar que o circuito húngaro, repleto de curvas e com poucas retas, é mais propício ao sucesso da Mercedes, cujo carro tem uma melhor pressão aerodinâmica do que o monoposto da escuderia italiana.

Porém, o alemão procurou ser otimista. "Eu acho que, no papel, talvez não parecemos os favoritos, apenas por causa das características da pista. Mas você nunca sabe. Acho que tivemos o mesmo pensamento talvez em outros lugares e acabou por nos fazer muito bem, então, como eu disse, eu sou bastante mente aberta. Acho que precisamos juntar nossas coisas. Temos alguns novos pedaços (no acerto do carro) que esperamos que nos darão algum desempenho e uma boa direção para as próximas corridas que nos aguardam na segunda metade da temporada", disse Vettel.

Já o monegasco Charles Leclerc exaltou o desempenho exibido pela Ferrari na prova passada, mas mostrou pessimismo ao comentar sobre o que espera para a corrida húngara. "Na Alemanha o carro (da Ferrari) foi muito forte no molhado e também, na verdade, no seco. O que foi bom de ver", disse o piloto, mas que depois ponderou: "Não parece tão positivo em termos de desempenho aqui quanto em Hockenheim, no papel. Eu acho que o ponto forte do nosso carro é a velocidade em linha reta. Hungaroring não é conhecido por suas longas retas, então eu espero por um final de semana difícil".