São Paulo fará maior parte dos pagamentos a Daniel Alves e Juanfran em 2020
O brasileiro assinou até o fim de 2022, enquanto o espanhol tem vínculo até o fim de 2020
O São Paulo convive com problemas financeiros, pegou empréstimos em bancos e chegou a atrasar pagamentos a alguns jogadores, mas fechou as contratações de Daniel Alves e Juanfran nas últimas semanas. O gerente de futebol do clube, Alexandre Pássaro, disse que boa parte dos recebíveis dos reforços será paga no ano que vem.
"Acho que o impacto dessas duas contratações, esse ano, não é pequeno. Mas elas não dão o impacto necessário para que tenhamos que sentar e planejar o próximo ano. Os dois entenderam que, quando você faz uma contratação em agosto, você já usou grande parte do seu planejamento do ano. Eles entenderam, boa parte dos recebíveis fica para o ano que vem. Tudo isso para que a gente não tivesse que fazer um replanejamento de tudo. Foi criado esse espaço para os dois com as mudanças que fizemos depois do Paulista. Lógico que não sabíamos que seriam eles, mas era para que tivesse espaço", disse Pássaro.
Daniel Alves e Juanfran estavam livres no mercado, e o São Paulo tem de arcar com os pagamentos de luvas (prêmio pela assinatura de contrato) e salários dos jogadores. O brasileiro assinou até o fim de 2022, enquanto o espanhol tem vínculo até o fim de 2020. O clube procurou parceiros para ajudar a bancar Daniel Alves e ainda está aberto a outras empresas que queiram ser parceiras no projeto.
"Primeiro de tudo, vocês viram, até superou a expectativa que eu tinha do impacto da chegada do Daniel Alves. A valorização institucional, é uma coisa imensurável. Os parceiros se sentindo muito valorizados. Isso é o intangível. É o que o Daniel Alves, capitão da seleção brasileira, coloca o São Paulo em outro patamar. Temos que ter ambições grandes, não só esportivas. Para você competir, tem que pensar em um estratégia global. Cabe a nós sabermos explorar tudo que a chegada do Daniel proporciona em termos de oportunidade. Desde o começo das conversas, o colocamos em um projeto, não um atleta a ser contratado. Foi isso que o seduziu. O tamanho do Daniel só pode ser encarado com um grande projeto. Depois fomos ver a viabilidade disso, contactamos vários parceiros possíveis", afirmou Raí, diretor executivo de futebol do clube que esteve à frente das negociações com Daniel Alves.
Além dos dois laterais-direitos, o São Paulo contratou o atacante Raniel neste meio de temporada. O empresário André Cury bancou a compra do Cruzeiro e receberá de forma parcelada a partir do ano que vem. Com o trio de reforços, o São Paulo fechou o elenco para 2019.
"Estamos muitos satisfeitos com a equipe que temos, que tem versatilidade. O Cuca preza muito por isso, ele sabe explorar bastante. Dessa maneira, com os jogadores que chegaram, a gente tem o grupo completo", disse Raí.