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Capixaba de Ferro reúne mais de 500 atletas do Brasil em Guarapari

Os atletas disputaram três modalidades: Standard Distance, Half Distance e Full Distance na maior competição de triatlo do Espírito Santo

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

A Praia da Bacutia, em Guarapari, foi cenário de mais uma edição do Capixaba de Ferro, a maior competição de triatlo do Espírito Santo, neste domingo (6). A prova contou com mais de 500 atletas, que vieram de 17 estados do Brasil 

Os atletas se dividiram entre três modalidades: 

- Standard+ Distance (1,5Km de natação | 60Km de ciclismo | 10Km de corrida);

- Half Distance (1,9Km de natação | 90Km de ciclismo | 21Km de corrida);

- Full Distance (3,8Km de natação | 180Km de ciclismo | 42Km de corrida).

Todo o percurso traz diversos desafios ao corpo, mas os bastidores da competição também rendem muito suor, como explica o organizador Roberto Vieira. 

"O triatlo é muito trabalhoso para o atleta, mas os bastidores também dão um pouco de trabalho. A gente encerra hoje a prova e amanhã já estamos de novo pensando em percurso, data, calendário, toda documentação. São três esportes em um só, então são três provas em uma prova. Demanda muito detalhe, muito carinho, muita dedicação para conseguir entregar", afirmou

O organizador conta ainda que o prestígio da competição contou com um grande crescimento nos últimos anos, após ser considerada a melhor prova de triathlon pela revista Tri Sport, em 2020. 

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"O Capixaba de Ferro, desde 2020 que a gente recebeu um prêmio pela Revista Tri Sport como a melhor prova de triatlo do Brasil, a gente vem recebendo atletas cada vez mais. Nessa edição estamos com atletas de 17 Estados aqui", disse. 

Superação do corpo e da mente

Por envolver três esportes, o ciclismo, a corrida e a natação, o triatlo representa a superação dos limites do corpo e da mente, como explica o bioquímico e farmacêutico Ainer Sampaio, que participou da prova.

Ainer, que está em sua sexta edição no Capixaba de Ferro, revelou que os treinos precisam ser constantes e diários para que o corpo se acostume a alta carga exigida para a prática do esporte. 

"A preparação tem que ser constante, todos os dias treinos. Cada dia uma modalidade, não é algo que a gente consegue preparar de um dia para o outro. É um estilo de vida, porque senão a pessoa definitivamente não consegue completar isso, ou sofre demais. Essa prova é incrível, de superação. De levar o corpo ao extremo, aos limites. Então é impossível completar uma prova sem sentir o corpo cansado e sem sentir dores", contou. 

E para quem se sagrou campeão, o esforço é revertido em satisfação, uma recompensa que o professor universitário Yuri Nascimento, conheceu pela primeira vez nesta edição. 

Ele subiu ao topo do pódio em sua categoria e conta que apesar dos desafios, a superação dos próprios limites é o principal objetivo da prova. 

"Essa é uma prova muito desafiadora. Esse ano, particularmente, o vento deu uma judiada. A corrida, para mim, foi uma corrida de superação. Eu saí com muitas cãimbras, mas consegui me recuperar bem, consegui o topo do pódio na minha categoria. Pela primeira vez, no primeiro lugar. Estou muito feliz, porque apesar das dificuldades, consegui superar", disse. 

Ainda segundo ele, quem tem interesse em praticar o esporte precisa se preparar e controlar o próprio fôlego e ímpeto durante a prova, para conseguir terminá-la. 

"Esse é o espírito do triatlo, superar as dificuldades. Você pensa em administrar seu fôlego, que você precisa deixar um pouquinho de combustível no tanque. Esse é um balanço difícil de fazer, de estar sempre se controlando. Foi isso que aconteceu na minha corrida, acabei forçando um pouco demais na bicicleta e veio o resultado na corrida, mas deu tudo certo, é preciso resiliência para saber superar as adversidades", afirmou. 

Atletas contam com o apoio da família

A participante Carolina Anastácio veio diretamente de São Paulo, especialmente para participar da prova. Segundo ela, os desafios se tornam ainda mais fáceis de superar quando se conta com o apoio da família. 

"Vim com meus pais, aproveitamos para conhecer, porque eu nunca tinha vindo e, com certeza, voltarei. Faz toda a diferença ouvir seu nome quando você passa pela sua família", contou. 

Carolina declarou que a prova vale ainda mais a pena quando é disputada em um cenário de tirar o fôlego, como o da Praia de Bacutia "Foram 71,5km. É uma prova muito legal, porque o percurso da bike é lindo e você passa por lugares legais, mas é bem duro, bastante vento, bastante subida. Na corrida você sente toda a energia da galera, é bem gostoso, valeu bem a pena". 

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E o paizão, o que achou? José Barbosa é o pai de Carolina e veio junto dela apenas para prestigiar a participação da filha. Segundo ele, tudo se torna ainda mais especial com o belo cenário e a culinária do Espírito Santo. 

"Estou acompanhando uma filha, ela está começando. Faz um ano que ela está nesta batalha, estamos aqui para dar força a ela, estamos esperando a chegada dela. Gostamos muito do local, eu não conhecia, achei fantástico. A moqueca é maravilhosa, está sendo uma experiência incrível. O foco dela ainda não é as finais, é participar e se divertir. Conhecer novas cidades é uma coisa maravilhosa. A gente fica assistindo e é de se admirar, eu bato palma para todos eles". 

*Com informações do repórter Gabriel Cavalini, da TV Vitória/Record TV