Porta-bandeira conquista o primeiro ouro do Brasil nas Paralimpíadas
Em sua segunda participação em Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho tem agora quatro medalhas na carreira, sendo três ouros e uma prata
O mineiro Gabriel Araújo, 22 anos, confirmou a expectativa e garantiu nesta quinta-feira (29) a primeira medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Ele nadou a final dos 100m costas da classe S2 (limitações físico-motoras) com o tempo de 1min53s67 e levou a medalha de ouro.
Completaram o pódio Vladimir Danilenko, da delegação de Atletas Paralímpicos Neutros (NPA) com a prata, e Alberto Caroly Abarza Diaz, do Chile, com o bronze na Arena Paris La Defense.
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GABRIELZINHO BRILHA DE NOVO
Em sua segunda participação em Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho tem agora quatro medalhas, sendo três ouros (50m livre, 200m livre, 100m costas) e uma prata (100m costas), sendo três conquistadas em Tóquio-2021.
“Estou muito feliz, não sei nem como agradecer. Não tenho nem dimensão do que é tudo isso. Meu sorriso está sendo levado para todos os cantos do mundo. Eu me senti em casa. A prova foi perfeita, perfeita, perfeita. As noites de sono que eu e meu treinador perdemos neste ciclo compensaram demais. Tudo o que trabalhei psicologicamente deu certo”, comemorou Gabrielzinho.
O mineiro havia disputado os mesmos 100m costas em Tóquio-2021 e conquistado a medalha de prata. No Japão, ele venceu as disputas dos 200m livre e 50m costas, provas que ainda competirá em Paris.
Gabrielzinho ganhou o ouro apenas um dia depois de ser um dos porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos, ao lado da paulista Beth Gomes, do atletismo, em desfile que percorreu cerca de 2,5 quilômetros, da Champs-Elysées até a Place de la Concorde.
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
BRONZE COM GABRIEL BANDEIRA
O paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de bronze na prova 100m borboleta S14 F masculino. Ele fez 55s08. O ouro ficou com o dinamarquês Alexander Hillhouse e a prata com o britânico William Ellard.
Essa é a quinta medalha paralímpica de Gabriel Bandeira. Ele ganhou ouro nos 100m borboleta, prata nos 200m livre e 200m medley e bronze no revezamento 4x100m livre misto S14 (deficiência intelectual) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2021.
PHELIPE ANDREWS AUMENTA SUA COLEÇÃO DE MEDALHAS
O pernambucano Phelipe Andrews Rodrigues ganhou a medalha de prata nos 50m livre S10 masculino. Ele fez a prova em 23s54. O ouro ficou com o australiano Thomas Gallagher com 23s40 e o bronze com o compatriota dele, Rowan Crothers, com 23s79. Essa foi a nona medalha em Jogos Paralímpicos do nadador: são seis pratas e três bronzes.
“Foi um ano bem difícil em todos os aspectos. Eu mesmo me cobrando muito, muita pressão. Nossa, minha última edição de jogos. Passei várias noites em claro, sem conseguir dormir, quando eu cheguei aqui na França. Tem mais duas provas, mas… Poxa, não tenho o que falar, pessoal. Eu estou feliz pra caramba. Eu costumo dizer que fiquei muito próximo do ouro, assim como eu fiquei no Rio. Mas a gente como atleta de alto rendimento sabe o que é a luta, a briga e cara, eu não sei nem o que falar mesmo. Isso é real”, disse o pernambucano.
Phelipe Rodrigues nasceu com o pé torto congênito (direito). Depois de algumas cirurgias para correção, como forma de reabilitação, passou a ter aulas de natação.