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Fora, São Paulo testa blindagem ao elenco após racha

Redação Folha Vitória

São Paulo - A capacidade do São Paulo de absorver o terremoto causado pelo racha entre Carlos Miguel Aidar e Juvenal Juvêncio começará a ser colocada à prova nesta quarta-feira diante do Coritiba, às 22 horas, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 22.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em franca ascensão, a equipe precisará mostrar resiliência para não deixar o tiroteio entre o presidente e seu desafeto tomar conta do ambiente.

Por enquanto, o São Paulo tem conseguido blindar o departamento de futebol das farpas trocadas entre os dois lados, mas o ataque especulativo tende a ficar ainda mais forte depois da demissão de Juvenal Juvêncio da diretoria das categorias de base. Em entrevista dada nesta segunda, o ex-homem forte do clube disse que até o técnico Muricy Ramalho corria risco de demissão porque "ele não aceita aquele monte de jogadores que o Carlos Miguel tenta empurrar".

Prestigiado pelo presidente, Muricy Ramalho já foi informado que não corre qualquer risco de queda, mas sabe que uma sequência de tropeços fatalmente respingará no time e trará a crise administrativa para dentro do futebol. Continuar vencendo no ápice da turbulência é o único remédio para não deixar a onda negativa atingir o elenco.

Os jogadores, por sua vez, garantem que nada será capaz de tirar a concentração do time. "Todos os jogadores sabem que não temos que nos meter, até porque não vamos conseguir interferir em nada. Precisamos fazer nosso papel aqui, não precisaria de recado para dizer que precisamos ficar focados no futebol. Sabemos que problemas acontecem, mas temos que pensar apenas no que acontece no campo", disse o lateral/meia Michel Bastos, que substituirá Kaká, suspenso.

Saber como o time irá se comportar sem seu mais novo líder também é uma incógnita. Kaká é responsável direto pela ascensão da equipe e foi a partir da sua entrada que o São Paulo embalou uma série de nove jogos de invencibilidade que o colocou a apenas quatro pontos do líder Cruzeiro (46 a 42). Nas sete vezes em que o camisa 8 esteve ao lado de Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec e Alexandre Pato, o time ganhou todas.

"Perdemos um líder dentro de campo. O Kaká é um cara que mesmo nos treinos cobra bastante. A chegada dele para o grupo foi muito importante. É uma grande perda, mas somos um grupo; hoje sou eu que entro no lugar dele, mas poderia ser outro. A qualidade será quase a mesma porque é um grupo muito forte", apostou Michel Bastos, que terá a mesma liberdade em campo que o titular.

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