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Após ameaças, presidente do Santos usa colete à prova de balas em votação

Acontece na manhã deste sábado, na Vila Belmiro, a votação que decide se José Carlos Peres permanece ocupando o cargo de presidente do Santos. Para participar do plebiscito, o dirigente chegou ao local vestindo um colete à prova de balas por debaixo da camisa. Segundo ele, sua família tem sofrido constantes ameaças vindas de números desconhecidos.

De acordo com Peres, ele tem usado a proteção balística seguindo recomendações de segurança. O presidente conta ainda que sua mãe de 90 anos, que mora em Curitiba, também recebeu ligações que ameaçaram sua vida e de seus familiares.

"Ligaram para minha mãe dizendo que ela ia morrer e todos os filhos iam morrer. Aquele terrorismo vindo de um número não identificado que já está na polícia federal para as investigações", disse Peres ao site Globoesporte.com.

As intimidações não são novidade no momento político conturbado que vive o Santos. Rodrigo Gama, diretor jurídico do clube paulista, realizou ainda neste mês um boletim de ocorrência para registrar ameaças de morte que recebeu por meio de seu telefone pessoal. Outros dirigentes próximos ao presidente também relataram receber tais mensagens.

Apesar do clima tenso que tem vivido, Peres fez questão de minimizar a situação para os torcedores. "Hoje temos que falar da votação. Há bastante serenidade, está tranquilo. Há bastante segurança. Quero dizer para o associado que ele pode vir para a Vila (Belmiro) que ele terá todas as garantias para exercer o direito de voto".

A votação começou por volta das 10 horas da manhã e deve durar até as 18 horas. São aproximadamente 17 mil associados que podem votar, desde que estejam filiados há pelo menos um ano e que estejam em dia com o pagamento da mensalidade do clube. Caso o impeachment seja efetivado, Peres deverá ser substituído pelo vice, Orlando Rollo, com quem não possui bom relacionamento.