Em crise política, Santos tenta encerrar jejum para não se preocupar com degola
Em crise política nos bastidores, com a votação do processo de impeachment do presidente José Carlos Peres neste fim de semana, o Santos também tem com o que se preocupar dentro de campo. Há três jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro, o time tenta superar o Atlético Paranaense, neste domingo, às 16 horas, na Vila Belmiro, pela 27ª rodada, para que o risco de rebaixamento não volte a se tornar real.
Após emplacar uma sequência de nove jogos sem derrotas dentro de campo por diferentes competições, o Santos parecia ver o risco de rebaixamento como algo do passado no Brasileirão, chegando a sonhar com uma vaga na edição seguinte da Copa Libertadores. Só que esse cenário se alterou com os recentes tropeços.
Em seus últimos três compromissos no Brasileirão, o Santos não saiu do 0 a 0 com o São Paulo, perdeu por 2 a 1 para o Cruzeiro e empatou por 1 a 1 com o Vasco, em jogo adiado da terceira rodada, na quinta-feira. Assim, estacionou na 11ª posição com 33 pontos, apenas a cinco da zona de descenso. E agora está nove pontos distante do G6, o grupo de classificação à Copa Libertadores.
E Cuca, contratado inicialmente para evitar o rebaixamento santista, admite preocupação com a volta de um cenário de risco. "Nós nos últimos três jogos não vencemos. Temos de olhar para baixo, sair dessa situação. E, se a gente pensa em Libertadores, domingo é jogo para vencer. Jogo difícil, mas temos de fazer por onde", afirmou o treinador.
A queda de rendimento do Santos tem relação com a falta de pontaria do ataque, que marcou apenas dois gols nas últimas três partidas e, mais do que isso, desperdiçou muitas oportunidades. E, para piorar a situação, o Santos não poderá contar com o seu artilheiro.
O atacante Gabriel está suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido contra o Vasco. E, sem o artilheiro do Brasileirão, com 13 gols, Cuca precisará buscar alternativas. O treinador santista deverá recorrer a Eduardo Sasha ou a Derlis González para compor o trio de atacantes com Bruno Henrique e Rodrygo, que poderá até mesmo jogar centralizado.
O confronto também marca um retorno do Santos para a Vila Belmiro. O clube optou por realizar o jogo com o Vasco no Pacaembu, mas não tem conseguido bons resultados no estádio paulistano, onde tropeçou nas últimas cinco vezes em que atuou.
"Gosto da Vila Belmiro, me sinto cômodo, me sinto também no Pacaembu, mas é diferente. As pessoas acompanham de forma diferente no Pacaembu como na Vila, que é fechado, diferente do espaço no Pacaembu. São lindos de jogar, mas diferentes", disse o uruguaio Carlos Sánchez.