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Fora do pódio, Maria Suelen se diz triste por derrotas em Mundial com 'surpresas'

Com a experiência de quem já havia sido vice-campeã em 2013 e 2014, Maria Suelen Altheman esteve próxima de subir novamente ao pódio do Mundial nesta quarta-feira, em Baku. Mas após vencer as três primeiras lutas no Azerbaijão, a peso pesado (+ 78kg) foi batida nas semifinais e na disputa pelo bronze, ambas por waza-ari, deixando a competição sem medalhas. Após as derrotas, a brasileira admitiu tristeza com o resultado, mas também avaliou ter feito o seu máximo.

"Acho que deu pra perceber que foi um campeonato com muitas surpresas, em várias categorias. Muitos favoritos caíram. Vi minha chave e sabia que ia ter que focar luta por luta. Foi o que eu fiz. Me preparei bastante para lutar com todas, treinei bastante. Saio triste pelo resultado, mas satisfeita porque consegui lutar bem. Independente da derrota, fiz o meu melhor", disse Maria Suelen.

Na sua campanha, Maria Suelen venceu a francesa Anne Fatoumata Bairo, a alemã Carolin Weiss e a britânica Sarah Adlington. Nas semifinais, porém, caiu para a cubana Idalys Ortiz, que havia sido sua algoz na disputa pelo ouro nos Mundiais de 2013 e 2014. E a turca Kayra Sayit a derrotou na luta pelo bronze.

O título acabou ficando com a japonesa Sarah Asahina, que havia sido prata no Mundial de 2017 e agora venceu Ortiz na final. E o pódio foi completado pela bósnia Larisa Ceric, que levou um dos bronzes, ao lado da judoca da Turquia.

No evento masculino dos pesos pesados, que não contou com a participação da lenda francesa Teddy Riner, o título foi conquistado pelo georgiano Guram Tushishvili, que venceu na final Ushangi Kokauri, do Azerbaijão. Hisayoshi Harasawa, do Japão, e Ulziibayar Duurenbayar, da Mongólia, faturaram o bronze.

A disputa do peso pesado encerrou os eventos individuais do Mundial de Judô. Com 14 medalhas de ouro em disputa, o Japão dominou a competição em Baku, com sete títulos, além de cinco pratas e quatro bronzes. A Coreia do Sul foi o outro único país a conquistar mais de um ouro - dois.

O Brasil decepcionou no Azerbaijão e só subiu uma vez ao pódio, com o bronze conquistado por Érika Miranda na categoria até 52kg. Foi o pior desempenho do País na disputa individual desde 2009, quando não conseguiu nenhuma medalha no Mundial de Roterdã.

O Mundial de Judô será encerrado nesta quinta-feira, com a disputa do evento por equipes mistas. A seleção brasileira estreará na segunda fase contra o vencedor do confronto entre China e Cuba.