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Além de Neymar: relembre outros casos de racismo que repercutiram no futebol

Balotelli, Taison, Tinga e Aranha também já foram vítimas do preconceito racial no mundo do esporte

Foto: Reprodução/ Twitter

No último final de semana, Neymar se envolveu em um episódio que ganhou bastante repercussão e polêmica. Durante o clássico da semana passada entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha, válido pela segunda rodada do Campeonato Francês, o craque se envolveu em uma discussão com o zagueiro Álvaro Gonzalez, e acusou o rival de ter cometido ofensas racistas.

O brasileiro chegou a reclamar com a arbitragem no primeiro tempo, mas o jogo prosseguiu normalmente. A discussão entre os jogadores só foi acabar após o camisa 10 do PSG e da seleção brasileira ser expulso no fim do jogo, saindo de campo indignado com a situação.

No entanto, o episódio não terminou por aí. Neste domingo, em uma reportagem exibida pela TV Globo, especialistas analisaram as imagens e concluíram que zagueiro espanhol chamando o brasileiro de "mono", que em espanhol significa macaco. O jornal francês "Le Parisien" também recorreu a profissionais do tipo, que chegaram à mesma conclusão.

Diante disso, separamos outros casos de preconceito racial que, infelizmente, já atingiram outros jogadores de futebol e repercutiram no mundo todo. Confira abaixo outros episódios marcantes de racismo no futebol mundial.

Grafite - Em uma partida entre São Paulo e Quilmes, no Morumbi, em 2005, Leandro Desábato ofendeu Grafite. O atacante tricolor acabou expulso por empurrar o adversário no rosto, mas o argentino recebeu voz de prisão no gramado e ficou detido na capital paulista por dois dias.

Ari - Brasileiro naturalizado russo, Ari foi alvo de injúria racial depois de duas convocações para a seleção da Rússia. Pavel Pogrebnyak, do Klub Ural, questionou a "presença de um negro" na lista com uma palavra que pode significar "engraçado" ou "ridículo" para definir a convocação.

Arouca - Em 2014, atuando pelo Santos, Arouca marcou um gol na vitória por 5 a 2 contra o Mogi Mirim, no Paulistão. Torcedores do time rival o chamaram de macaco e um outro lhe disse que deveria procurar uma seleção africana para jogar.

Aranha - O goleiro, na época atuando pelo Santos, sofreu com diversos episódios de racismo. Na Arena do Grêmio, torcedores o chamaram de macaco e imitaram sons do animal. O atleta alertou o juiz e saiu da partida revoltado. O Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil no episódio.

Daniel Alves - Em uma partida entre Barcelona e Villarreal, um torcedor adversário jogou uma banana no gramado para ofender Daniel. O jogador comeu a fruta e continuou a partida. Depois do episódio, ele comentou que sofria racismo desde que chegou à Espanha.

Tinga - Durante um jogo da Libertadores, em 2014, o volante Tinga, na época atuando pelo Cruzeiro, foi vítima de racismo durante uma partida contra o Real Garcilaso, do Peru. A torcida peruana hostilizou o jogador ao imitar sons de macaco quando ele tocava na bola.

Balotelli - Durante a Eurocopa 2012, contra a Croácia, o atacante italiano, de origem ganesa, foi vítima de preconceito da torcida do time adversário, quando uma banana foi arremessada para o campo. Em 2014, Balotelli sofreu 134 mil ofensas racistas por meio de posts nas redes sociais e em 2019, no jogo entre Brescia, ex-time do atacante, e Verona, o italiano chutou a bola na arquibancada dizendo ter escutado ofensas. A partida foi pausada por alguns minutos.

Yaya Touré - O jogador marfinense foi vítima de racismo em um jogo do Manchester City contra o CSKA, em Moscou. Sempre que ele tocava na bola, eram entoados sons de macacos pelos torcedores russos. Yaya definiu como “bastante decepcionante, inacreditável e triste".

Moise Kean - Com apenas 19 anos de idade, o jogador fez um gol durante uma partida do Campeonato Italiano e comemorou em frente aos torcedores adversários, que começaram com insultos racistas e sons de macacos em sua direção.

Koulibaly - O zagueiro da Napoli vem sendo alvo recorrente de racismo na Itália desde 2018. Ele já revelou que lamenta profundamente ter que ser um "simbolo" na luta contra o racismo.

Taison e Dentinho - Os brasileiros estavam em campo contra o Dinamo de Kiev quando ouviram insultos raciais. Taison chegou a mostrar o dedo médio em direção aos torcedores, chutou a bola em direção à arquibancada e foi expulso da partida. Os dois saíram de campo chorando após o acontecido. Depois, Taison escreveu em suas redes sociais: 'Precisamos ser antirracistas!'

*Com informações do portal R7