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Leco promete investigar denúncias contra Aidar no São Paulo

Redação Folha Vitória

São Paulo - O presidente interino do São Paulo teve nesta quinta-feira o primeiro compromisso público, uma entrevista coletiva no salão nobre do estádio do Morumbi. Por quase uma hora Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, apresentou planos para a gestão temporária e, tanto no discurso como nas maior parte das respostas, ressaltou o compromisso de investigar as denúncias de irregularidade que culminaram com a renúncia do seu antecessor, Carlos Miguel Aidar.

Parte das acusações mais graves contra o ex-mandatário estavam em um e-mail em que o vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro, falava sobre a gravação de um áudio com detalhes sobre desvio de dinheiro em transferências e apropriação da comissão de jogadores. "Garanto que tudo será investigado. Temos organismos internos que vão fazer essa avaliação. Tudo isso será objeto de debate. Vamos analisar e quem tiver responsabilidade, será cobrado", afirmou.

Por enquanto Leco não quer levar essa apuração para órgãos fora do clube, mas sim manter o trabalho restrito ao Conselho Deliberativo e Comissão de Ética do São Paulo. "Constatei a existência da gravação e não o seu conteúdo. Ela pertence ao Ataíde e sem dúvida alguma provocou a renúncia do Carlos Miguel", disse o agora presidente, que explicou ter ouvido apenas um pequeno trecho do áudio e prefere não divulgar o material para o público.

Leco assumiu na terça-feira uma gestão interina e terá o prazo de 30 dias para convocar nova eleição, na qual já é candidato. Se vencer, tomará posse para um mandato "tampão", com término para abril de 2017. O presidente falou em pressa e pretende marcar o pleito para o dia 27 de outubro. "Não quero que o São Paulo viva uma situação de provisoriedade. O clube precisa ser cuidado da forma mais estável e organizada, pela grandeza que tem".

Existe a tendência de outros candidatos aparecerem para concorrer com Leco na eleição, e o atual presidente garantiu que pelo menos para essa gestão provisória, até o fim do mês, não deve recompor a diretoria. Caso seja reconduzido ao cargo, Leco já tem planos para contar com antigos membros da cúpula de Aidar, se reaproximar do empresário Abílio Diniz e convidar para trabalhar como gerente de futebol Gustavo Vieira de Oliveira, profissional demitido pelo seu antecessor na presidência em maio.

Fora a investigação prometida contra a gestão anterior, Leco também terá que lidar com problemas herdados. O mais preocupante deles é a contratação do zagueiro Iago Maidana, que será levada a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva por suposta participação de investidores. O presidente garantiu que já falou com o advogado do clube, Roberto Armelin, para evitar que o São Paulo seja punido no caso e fique sem poder contratar jogadores.

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