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Presidente do COI defende 'candidato externo' para suceder Blatter na Fifa

Redação Folha Vitória

Berlim - Com a Fifa envolvida em uma série de escândalos de corrupção, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, se pronunciou sobre a crise na entidade que comanda o futebol mundial e defendeu nesta quinta-feira a necessidade de se encontrar um "candidato externo com credibilidade" para comandá-la.

Ao realizar um raro e contundente comentário sobre o assunto, Bach alertou que a Fifa "não pode seguir passiva" e deve "atuar rapidamente para recuperar a credibilidade" para o bem da própria entidade e do futebol. Para o presidente do COI, a Fifa tem um "problema estrutural" que "não se resolverá simplesmente com a eleição de um novo presidente".

O dirigente avaliou que a Fifa deve "acelerar e aprofundar o processo de reformas" e "também deve estar aberta a ter um candidato externo com credibilidade e de alta integridade, que realize as reformas necessárias e dê estabilidade e credibilidade à Fifa".

As regras da Fifa afirmam que para uma candidatura ser formalizada, é necessário que o interessado tenha envolvimento com o futebol em dois dos últimos cinco anos, bem como o apoio de cinco associações nacionais.

Após ser reeleito para um quinto mandato de quatro anos na Fifa no fim de maio, Blatter optou por convocar nova votação, marcada para fevereiro, diante dos escândalos de corrupção que atingiram a imagem da entidade. O dirigente suíço, porém, descarta deixar o cargo antes da eleição.

Nesta quinta-feira, no entanto, ele foi suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa, assim como o secretário-geral Jérôme Valcke e Michel Platini, presidente da Uefa, e até então o favorito para as eleições de fevereiro. Chung Mong-Joon, que também revelou o desejo de participar da votação, foi suspenso por seis anos.