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Dia do Flamenguista: torcida capixaba relembra momentos marcantes da história do rubro-negro

Na data dedicada à maior torcida do Brasil, os torcedores contam a influência e relatam a paixão pelo Flamengo

Vitor Simões

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

Hoje o dia é dedicado à maior torcida do mundo. O Flamengo entra em campo para enfrentar o Athlético-PR em clima de comemoração, que vai além da boa fase vivida pelo time dentro das quatro linhas. Dia 28 de outubro é comemorado o Dia do Flamenguista pelos rubro-negros.

A data foi escolhida por conta do dia de São Judas Tadeu, conhecido como o "santo das causas impossíveis", que é padroeiro do clube da Gávea. Por isso, todos os anos é tradição do clube celebrar uma missa na capela de São Judas Tadeu, localizada na sede do próprio Flamengo, contando com jogadores, dirigentes, comissão técnica e torcedores.

Em 2007, o Dia do Torcedor Flamenguista foi instituído pela Lei nº 4679, de 15 de Outubro, pelo então prefeito do Rio, César Maia, com base na proposta do vereador Jorge Mauro.

ACIMA DE TUDO RUBRO-NEGRO

As histórias da paixão dos rubro-negros pelo clube justifica ter um dia inteiro dedicado para a torcida. Diretor de unidade de saúde e também embaixador da embaixada Rubro-Negros da Ilha, Thiago Gaspar conta que desde muito novo a identificação pelo clube foi especial.

De família toda flamenguista, ele destaca que o avô materno foi quem despertou a maior paixão pelo clube. Inclusive, sempre que e tinha gol, o telefone não parava de tocar.

"Meu avô morava em Minas, e minha mãe ficou um tempo lá para cuidar dele. Sempre que tinha gol do Flamengo a gente ligava um para o outro, na época ainda era telefone fixo. Quando tinha goleada então o telefone não parava de tocar", lembrou Gaspar.

Em 2012 o avô de Thiago faleceu, mas deixou para o neto a bandeira do clube junto com a paixão que carregava junto com ela. No ano passado, ele conta que viajou para Lima com o pai para assistir a final da Libertadores, entre Flamengo e River Plate. No entanto não pode entrar com o objeto no palco da decisão.

"Estava proibindo ficar com a bandeira dentro do estádio, então recolheram e penduraram lá dentro em um lugar específico. Por um lado fiquei triste porque não peguei novamente a bandeira, mas por outro foi legal que ficou lá eternizada, como aquele título da Libertadores, que com certeza meu avô foi parte disso", afirmou.

Quem também viveu uma história parecida no amor pelo clube foi a jornalista Juliana Azevedo. Desde muito nova apaixonada por futebol e pelo Flamengo, o avô dela, também rubro-negro fanático, influenciou na paixão pelo clube. "Por sempre estar muito próxima a ele comecei a assistir futebol e torcer pelo Flamengo, inclusive puxei muito a ele no jeito que acompanho os jogos quando estou em casa", disse.

No ano passado, Juliana teve a oportunidade de acompanhar o time do coração de perto em várias oportunidades. Ela esteve presente em todas as partidas do rubro-negro em casa na Libertadores, desde a segunda rodada, contra a LDU, até a semifinal, contra o Grêmio. No entanto, ela não conseguiu acompanhar a final no estádio, em Lima, mas não deixou de sentir como se estivesse perto do clube.

"Eu fui ao Maracanã assistir a final, pois o Flamengo disponibilizou o estádio com telões para a torcida acompanhar. E ainda teria a oportunidade de participar da festa da taça no outro dia, caso o título se confirmasse", declarou.

A festa do título foi marcante e, com certeza, ficou na memória dela e dos mais de 40 milhões de rubro-negros. Entretanto, Juliana também revelou outros dois momentos marcantes que o time do coração proporcionou e ela jamais irá esquecer.

"Teve aquele gol do Petkovic contra o Vasco, na final do Carioca de 2001, aos 43 do segundo tempo. Eu era muito nova, mas ficou marcado eu e meu pai comemorando. Outro também foi na última rodada do Brasileiro de 2009, que fomos campeões, mas não consegui assistir o jogo porque estava fazendo o ENEM naquele dia. Infelizmente não consegui pegar o jogo a tempo, mas comemorei muito aquele título", ressaltou.

AMOR MAIOR NÃO TEM IGUAL

A paixão pelo Flamengo também veio desde pequeno para o empresário Sávio Ovani. Desde os sete anos de idade ele acompanha as partidas do time do coração, e com 17 anos passou a frequentar o Maracanã, mesmo longe do Rio de Janeiro.

"A partir do momento que comecei a ir acompanhar os jogos do Flamengo no Maracanã foi apaixonante, ia sozinho. Desde então, vou ao estádio assistir um jogo pelo menos uma vez no mês", destacou.

No entanto, recentemente o amor de Sávio pelo Flamengo ultrapassou os limites do continente. No mágico ano de 2019, o empresário decidiu comprar acompanhar o time do coração na disputa do mundial de clubes, no Qatar. Porém, havia um pequeno detalhe: faltava o Flamengo vencer a Libertadores ainda para conquistar a vaga para a competição.

"Foi uma loucura, o Flamengo ainda iria jogar com o River Plate na decisão, mas até minha noiva, que também é flamenguista, me apoiou bastante e comprei o ingresso. Ainda bem que deu tudo certo. Nunca tinha ido tão longe e falando apenas um inglês básico. Fiquei onze noites lá, foi uma experiência inesquecível, faltou o título mas não me esquecerei e espero retornar".

Para finalizar, o torcedor deixou um recado para os demais rubro-negros para esse dia do flamenguista. "Nosso maior orgulho nunca foi condicionado a conquista, craques ou investimentos. Já cantávamos esse orgulho muito antes, quando o que nos restava era fé. Parabéns para nós, o maior patrimônio do Clube de Regatas do Flamengo".

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