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Linha de fundo e bola aérea são as armas do Palmeiras no Campeonato Brasileiro

Ao todo foram 25 gols, ou cerca de 40% do total, feitos apenas de duas formas. A primeira é com as jogadas de linhas de fundo - foram 13 ao todo

Redação Folha Vitória
Essas características, que o torcedor já percebe instintivamente, são confirmadas pela análise dos 57 gols da equipe Foto: Cesar Greco

São Paulo - O Palmeiras faz seus gols principalmente com jogadas na linha de fundo e também com a bola aérea. O time também é eficiente com os lançamentos. Por outro lado, é difícil ver uma tabelinha. Essas características, que o torcedor já percebe instintivamente, são confirmadas pela análise dos 57 gols da equipe.

Ao todo foram 25 gols, ou cerca de 40% do total, feitos apenas de duas formas. A primeira é com as jogadas de linhas de fundo - foram 13 ao todo. Jogada de linha de fundo é aquela em que o jogador avança pelos lados e cruza, rasteiro ou pelo alto. É mortal para os goleiros e os defensores. Contra o Figueirense, pela 12.ª rodada, os quatro gols no estádio Allianz Parque, em São Paulo, foram feitos desta forma.

A segunda maneira mais eficiente do Palmeiras é a bola parada, com escanteios e faltas. Foram 12 gols assim. Cuca inovou ao incluir o arremesso lateral como uma chance de cruzamento aéreo. Foram três gols marcados depois que o meia Moisés jogou a bola direto na área com as mãos. "Criei essa jogada porque as dimensões do campo diminuíram, temos um bom batedor e a gente tem bons componentes no jogo aéreo que encaixam bem na segunda bola", justificou o treinador.

Cuca não aproveitou apenas o talento de Moisés. Todos os números mostram como ele tentou adaptar os seus conceitos táticos às características dos jogadores. Dudu e Róger Guedes são jogadores leves e velozes. Além disso, os laterais gostam de apoiar. Por isso, o time sempre chega à linha de fundo.

A bola parada é eficiente por causa da competência dos zagueiros. Com 13 gols pelo Palmeiras, quatro deles no torneio atual, Vitor Hugo é uma das grandes armas nos escanteios. O mesmo acontece com seu companheiro, Mina, que também marcou quatro gols, três deles em clássicos. Por isso, a comissão técnica está preocupada com a lesão muscular na coxa esquerda que o colombiano sofreu nas Eliminatórias no jogo contra o Chile. Sua presença no confronto contra o Atlético Mineiro, na próxima quinta-feira, não está confirmada.

Os nove gols marcados após lançamentos e enfiadas de bola mostram uma equipe que gosta de esticar as jogadas. Novamente as características dos atletas explicam o tipo de jogo. Dudu, Róger e Jesus quase sempre ganham dos zagueiros na corrida.

Os gols feitos desta forma, no entanto, se concentram principalmente no primeiro turno. Com a má fase de Gabriel Jesus, que não marca há oito jogos, o aproveitamento caiu nesse tipo de jogada. Diante do Internacional, por exemplo, o garoto perdeu um gol na cara de Danilo após lançamento de Cleiton Xavier.

Os números também mostram deficiências. Falta um cobrador de falta, por exemplo. A equipe só conseguiu um gol em cobrança direta em todo Campeonato Brasileiro. Ele foi marcado por Jean na vitória sobre o Santa Cruz por 3 a 1, no Allianz Parque. O elenco também finaliza pouco a média e longa distâncias. Foram sete gols assim, ou 10% do total.

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