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Nova geração da Bélgica estreia para fazer história

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Belo Horizonte – “Passado é passado, peço a essa geração que o esqueça e faça sua própria história”. Marc Wilmots, treinador da Bélgica, não gosta de comparações da sua seleção com aquela de 1986 que alcançou o honroso e inédito 4.º lugar no México. Wilmots também não gosta dos rótulos “surpresa da Copa”, “sensação”, “favorita” e do termo “geração de ouro”.

O fato é que esses novos talentos estreiam nesta terça contra a Argélia, às 13 horas, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, pelo Grupo H. Eles trouxeram a Bélgica de volta à Copa do Mundo depois de doze anos de ausência. Ela é formada por Courtois, do Atlético de Madrid, Kompany, do Manchester City, Hazard, do Chelsea, Witsel, do Zenit, da Rússia. Todos eles são protagonistas em importantes clubes da Europa. A grande diferença em relação ao time de 86 é que a maioria dos grandes jogadores daquela geração (Pfaff, Ceulemans, Scifo) atuava na Bélgica. Mas comparações, certas ou não, sempre rendem boas discussões.

“Concordo que a geração atual seria uma das melhores seleções que a Bélgica já teve, temos jogadores de qualidade que atuam em grandes clubes da Europa. Mas temos que confirmar isto no Mundial”, disse o volante Witsel, que jogou no Porto, fala português e é amigo do brasileiro Hulk.

O que eles querem é repetir na seleção, defendendo as cores de seu país, o mesmo sucesso que já obtiveram em seus clubes. Só um jogador do time, o veterano, Van Buyten, de 36 anos, disputou uma Copa, além do técnico e ex-jogador Marc Wilmots. Esta terça marca exatos 12 anos da última partida belga em Mundiais, na eliminação nas oitavas de final para o Brasil por 2 a 0 (Copa 2002).

Essa falta de experiência em Mundiais não vai afetar o time, um dos mais jovens da competição (média de idade de 25,5 anos), segundo o capitão Kompany. “Não temos vivência de Mundiais, mas temos experiências nos torneios que disputamos pelos clubes. Construímos nossa história”, afirmou o zagueiro do Manchester City, atual campeão inglês.

O técnico Wilmots prefere falar em “geração com fome de ganhar” em vez de “geração de ouro”. E espera que sua equipe repita a ótima campanha nas Eliminatórias, quando não perdeu nenhuma partida. Ele armou um time no 4-3-2-1 e não pretende mudar isso agora. É uma seleção ofensiva, com jogadores rápidos pelos lados do campo.

No ataque, Hazard joga pela esquerda, e Mirallas pela direita. O centroavante é Lukaku, um clone de Drogba. No gol, joga a também revelação Courtois. Sem sombra de dúvida, é a seleção favorita a ficar como o primeiro lugar do Grupo H.

Já a Argélia chega a sua quarta Copa com um objetivo bem mais modesto: avançar às oitavas de final, algo que nunca conseguiu em suas três participações anteriores. O melhor do jogador do time é o meia Feghoulli, que atua no Valencia, da Espanha. Outro bom jogador é o atacante Slimani, do Sporting.

O técnico Vahid Halilhodzic sonha com um resultado que ninguém acredita: vitória da Argélia. “A Bélgica é a favorita do grupo, mas nem sempre os favoritos vencem. Vamos jogar com audácia e coragem.”